O céu não é o limite
BioShock é um dos games mais belos desta geração. Não estamos falando das texturas ou dos efeitos presentes no título, mas sim da incrível estética tremendamente inspirada pelo estilo Art Déco que impressiona qualquer um que bata os olhos no jogo. A direção nesse jogo da Irrational Games é realmente fabulosa, estabelecendo um novo patamar para a indústria.
E como se não bastasse o belíssimo impacto visual causado por BioShock, a desenvolvedora ainda conseguiu elaborar uma jogabilidade excelente sob a perspectiva em primeira pessoa. Em suma, tivemos um título marcante, com uma trama memorável e diversos outros elementos que o consolidaram como um dos grandes jogos desta geração.
Depois do sucesso, a 2K Games, responsável pela distribuição do jogo, resolveu nos presentear com um segundo game. Novamente, boas surpresas e mais novidades, mas sem o mesmo impacto do primeiro . Afinal, antes de BioShock não havia nada igual.
Agora, a Irrational Games nos surpreende com o anúncio de um novo título da franquia. Bioshock Infinite, nome atribuído ao jogo, deve trazer novos ares à franquia, com direito a uma trama completamente diferente e uma ambientação ainda mais ousada. Nos primeiros jogos, nós exploramos a cidade de Rapture nas profundezas do Oceano Atlântico. Agora, vamos literalmente aos céus com Columbia, seu novo lar em BioShock.
Entendendo o novo BioShock
Se você acompanha o Baixaki Jogos, então provavelmente deve ter visto nossa notícia sobre o anúncio do game. Nela, também retratamos os primeiros detalhes dele, como sua ambientação e o motivo para a Irrational apostar nos céus.
Essencialmente, BioShock Infinite, que anteriormente era conhecido como Project Icarus, envolve uma cidade inspirada pelos eventos reais ocorridos em Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1893. Nesta data, o país sediou o World’s Columbiam Exposition, uma feira criada para celebrar as descobertas de Cristovão Colombo.
No evento, os visitantes encontravam a White City, um profuso e brilhante grupo de edifícios que, supostamente, seria o paradigma a ser seguido pela nova civilização. O título atribuído ao evento vem da personificação feminina dos Estados Unidos, a Columbia — imagine-a como a esposa do lendário Tio Sam.
A Irrational Games decidiu aproveitar-se dessa ideia, construindo a utopia estadunidense nos céus. Uma Columbia flutuante realmente faz sentido, já que na virada do milênio passado os dirigíveis, que também sustentam as cidades, estavam em seu auge. E nada melhor que uma cidade flutuante para simbolizar a potência da nação estadunidense.
Em BioShock Infinite, a flutuante Columbia continua vagando pelos céus e sua localidade é, aparentemente, desconhecida. Contudo, após aproximadamente uma década desde a construção da cidade, em 1912, um homem se aproxima de você e solicita que resgate uma mulher da cidade. É aí que as coisas se complicam.
Ninguém conhece Columbia... Aparentemente
O título coloca você na pele de Booker DeWitt, um agente da Pinkerton que é famoso por conseguir dar um jeito em qualquer coisa... Dependendo do preço. Num belo dia em seu “escritório”, um quarto sujo sob um bar de Manhattan, surge um misterioso homem trazendo uma nova missão para DeWitt: resgatar uma moça chamada Elizabeth.
Bem, este tipo de evento é relativamente comum para DeWitt. Mas, quando o nome Columbia é mencionado, a discussão toma outro rumo. “Ninguém sabe onde fica Columbia!”, exclama DeWitt. O homem sabe e sabe também que Elizabeth está presa no local há 15 anos — desde sua infância.
O universo de BioShock realmente sabe guardar belas surpresas e em Infinite as coisas não devem ser diferentes. Na realidade, encontrar Elizabeth e libertá-la não deve ser uma tarefa muito difícil, mas é claro que o jogo não se resume a isso. Como você pode notar através do trailer, Elizabeth possui poderes. É possível ver claramente a moça manipulando as rosas e salvando o personagem com suas habilidades em telecinese. São estes poderes que salvaram sua pele e também são a maior ameaça de Columbia.
Há outro indivíduo com poderes em Infinite. DeWitt é surpreendido mais uma vez, desta vez por suas próprias habilidades. A única maneira de sair vivo do local é combinando seus poderes com os de Elizabeth. A Irrational, entretanto, garante que a personagem não será somente um simples acessório no game. Ou seja, nada de “Pressione o botão X para utilizar Elizabeth”.
Nada de super-heróis
Quanto à jogabilidade, o novo BioShock deve manter a estrutura que o consolidou. Você ainda estará num FPS no qual o personagem é imbuído com poderes ao estilo plasmid — dentre os já exibidos, temos o Electro Bolt e Telekinesis. A grande diferença em relação aos predecessores é Elizabeth. Segundo a desenvolvedora, ela cria diversas oportunidades para o jogador, podendo se tornar parte do arsenal sem se tornar uma simples ferramenta. Estamos ansiosos para conferir esta relação eletrizante — em todos os sentidos.
Tudo indica que os poderes resultantes da combinação das forças de DeWitt e Elizabeth sejam realmente avassaladores. Em um determinado momento do game, sua companheira utiliza uma habilidade que faz com que os céus escureçam totalmente, criando uma legítima tempestade. Depois disto, DeWitt apenas estala seus dedos e um imenso trovão surge para eliminar um grande número de inimigos.
O bacana é que estes poderes também desgastam seus usuários. Constantemente você notará que Elizabeth parece estar exausta, principalmente depois de grandes esforços. Se desejar, é possível optar por jogar sem abusar das habilidades da moça, algo que deve influenciar totalmente o rumo do game.
O desenvolvimento da trama de Infinite é outro fator que merece destaque. Assim como nos jogos anteriores, o novo BioShock trará várias torções ao enredo, assim como personalidades marcantes. Em Rapture, tínhamos Andrew Ryan e outras figuras bizarras. Aqui, Salton Stall assume o papel de político xenofóbico, garantindo que Columbia permaneça como é, independentemente de como isso seja alcançado.
Uma grande promessa
Durante o game você encontrará diversos inimigos distintos, alguns “enlatados” e outros aparentemente humanos. Estas criaturas podem deixar itens importantes, como uma poção que faz o jogador atrair corvos assassinos.
A interação com os NPCs é realmente bacana no game. Durante determinado momento, o jogador acaba em uma espécie de salão, encarado por vários consumidores que perambulam pelo local. Inicialmente, ninguém faz nada, mas quando um tiro é misteriosamente disparado contra o jogador, todos sacam suas armas e a guerra se inicia ali mesmo. São estes momentos em que o gamer não sabe o que vem a seguir que tornam BioShock instigante.
Infinite certamente tem tudo para manter o excelente nível da franquia. O foco na cooperação — será que teremos a chance de controlar Elizabeth? — e o novo ambiente são apenas alguns motivos para se manter atento a esta nova promessa da Irrational Games. Resta esperar até 2012, data em que o jogo chega às plataformas PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
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