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Mindjack

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Host ou hacker: o que vai ser?

Mindjack é sem dúvida alguma uma das propostas mais originais para 2011. Enquanto a maior parte dos jogos traz barreiras óbvias entre a história e as experiências online — à despeito das tentativas relativamente tímidas de jogos como Resident Evil 5 e Left 4 Dead —, a ideia da Square Enix é juntar em um mesmo universo uma trama densa e generosas formas de interação entre os jogadores.

Para isso, Mindjack lança mão de um recurso bastante “natural”: a possessão. Calma lá, não se trata de nenhuma prática de cunho religioso aqui — embora o princípio seja rigorosamente o mesmo. Basicamente, enquanto um jogador atravessa o modo campanha do jogo (host), haverá diversos outros jogadores (hackers) que podem, a qualquer momento, compartilhar a experiência "invadindo" soldados e outras estruturas dentro do mundo de jogo.


Neste ponto, surge uma pergunta bastante natural: como explicar uma mecânica tão singular dentro da história principal do jogo? Novamente, trata-se da ideia de possessão.

As experiências da Nerkas Solutions

Embora surja como um perfeito deus ex machina (um princípio capaz de explicar e alterar tudo, principalmente situações sem um desfecho aparente) aqui, a história não é propriamente original; bem, talvez nem precise ser. Aqui, o protagonista Jack Corbijn junta-se à ex-soldado Rebecca Weiss a fim de combater uma corporação maligna, um governo corrupto e, bem, tudo o que se aproxime dessa concepção.

A grande sacada surge na forma da tecnologia desenvolvida pela empresa Neklas Solutions, que permite aos usuários usurpar corpos de soldados em campos de batalha. Bingo: trata-se da mecânica que também permitirá que cada jogador possa tentar o seu passe para dentro de um jogo em andamento através da “possessão” de elementos controlados pela I.A. (inteligência artificial) do jogo.

Host ou Hacker?

Conforme mencionado anteriormente, você pode assumir dois “status” distintos dentro de uma campanha de Mindjack. A primeira, como “host”, vai colocá-lo como o elemento central da trama. A grande diversão de ser um “host” reside no fato de que praticamente qualquer elemento do mundo de jogo pode ser possuído por qualquer pessoa em praticamente qualquer momento.

Como “hacker”, por outro lado, o seu destino será vagar através da partida de outra pessoa como uma nuvem de informações digitais azul ou vermelha — dependendo se a ideia é encarnar, respectivamente, um reforço ou um inimigo dentro da trama do jogo. Isso apenas deixa de ser uma possibilidade nos momentos em que a história principal desvela partes centrais da trama, com conversações e etc.

Naturalmente, a tecnologia de controle da mente também está à disposição de Jack Corbijn, embora não sem algumas diferenças. O protagonista tem a habilidade de escravizar membros caídos do time vermelho — inimigos, portanto —, obrigando-os a integrarem a equipe azul.

Mindjack ainda traz a possibilidade de se utilizarem animais e androides em campo de batalha — boa parte deles armada até os dentes, embora outros venham munidos de campos de força muito bem-vindos.

No mais, embora algumas ressalvas ainda devam ser feitas quanto à precisão da jogabilidade — sobretudo em relação aos sistemas de mira e cobertura —, Mindjack parece perfeitamente capaz de desembarcar uma experiência única quando for lançado no dia 18 de janeiro do ano que vem.

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