A última esperança da humanidade
Sob a ação do vírus Chimera, a Terra foi completamente destruída. Os poucos sobreviventes vivem escondidos no subterrâneo, tentando tocar a vida sem esperança de durarem muito mais tempo antes da inevitável morte. Alguns até tentam constituir família e seguir em frente, mas há pouca esperança em um planeta devastado.
É com esse clima que começa Resistance 3, o mais recente título exclusivo do PlayStation 3. Produzido pela Insomniac, o game coloca o jogador como Joseph Capelli, que deve atravessar os Estados Unidos em uma jornada que representa a última esperança de vitória para a raça humana.
Esqueça o convencional
O principal destaque de Resistance 3 são as armas. No combate contra as tropas Chimeras, as armas convencionais são deixadas de lado e substituídas por uma mistura de tecnologia humana e alienígena. Isso resulta em equipamentos avançados que adicionam criatividade aos combates e os tornam muito interessantes.
O arsenal do game inclui revólveres que disparam explosivos, rifles com projéteis que atravessam paredes ou uma metralhadora congelante. Além de criar armas sensacionais, a Insomniac também dá ao jogador situações bem específicas para utilizar cada uma delas, como momentos em que a tela é tomada por tantos inimigos que apenas uma escopeta com tiros incendiários pode resolver o problema.
Combate destruidor
Resistance 3 é um título de grande escala. Apesar de sua trama extremamente pessoal e próxima dos personagens, diversas batalhas em campos abertos e envolvem diversos inimigos ao mesmo tempo. Isso sem contar as máquinas gigantes utilizadas pelos Chimeras ou os chefes de fase destruidores, capazes de esmagar Capelli com um pisão.
O game também alterna momentos em que diferentes abordagens devem ser utilizadas, variando a jogabilidade. Em alguns, por exemplo, é preciso agir sorrateiramente para passar por terreno hostil sem ser detectado. Em outras fases, a orientação é partir para cima do inimigo com tudo. Há segmentos, ainda, em que Resistance 3 chega a lembrar Left 4 Dead, tamanha a quantidade de monstros atacando ao mesmo tempo.
Para tornar as coisas ainda mais intensas, Resistance 3 não conta com um sistema comum nos jogos de tiro em primeira pessoa: a regeneração automática da energia do personagem. Para se recuperar, é preciso encontrar kits de vida espalhados pelo cenário. Isso exige que o jogador pense antes de agir e evite ao máximo ser alvejado.
Visual de encher os olhos
A bela direção de arte de Resistance 3 pode ser percebida antes mesmo do início do game. Além da bonita capa criada pelo artista Olly Moss, uma animação reconta a história dos jogos anteriores da série enquanto o game é instalado no HD do console. O mesmo estilo desenhado à mão aparece em outros momentos, como nos menus principais.
O game em si também faz bom uso do hardware do PlayStation 3. Os cenários são sempre cheios de elementos, como roupas, móveis, documentos e buracos de bala, evidenciando que os ambientes visitados por Capelli não fazem parte apenas da jornada do protagonista, mas também possuem uma história própria. A ambientação adiciona muito para o clima de desolação do título.
Reprovado
A guerra também é contra os bugs
Caso queira se conectar à PSN enquanto joga Resistance 3, o usuário é obrigado a baixar quase 700 MB de atualizações. O patch, porém, não resolve um dos principais problemas do jogo, que é a imensa quantidade de bugs capazes de deixar a IA mais parecida com BA, burrice artificial.
Não são raros os momentos em que combatentes inimigos correm na direção de Capelli, ou ficam simplesmente parados ao lado do protagonista, sem atacá-lo. Em outras situações, parceiros do herói ficam presos em paredes invisíveis e impedem a progressão nas fases. Ainda, tiros certeiros insistem em não acertar os oponentes, ao mesmo tempo em que Chimeras ultrapassam paredes como se nada as impedisse.
Museu de cera apocalíptico
Não são raros os momentos em que combatentes inimigos correm na direção de Capelli, ou ficam simplesmente parados ao lado do protagonista, sem atacá-lo. Em outras situações, parceiros do herói ficam presos em paredes invisíveis e impedem a progressão nas fases. Ainda, tiros certeiros insistem em não acertar os oponentes, ao mesmo tempo em que Chimeras ultrapassam paredes como se nada as impedisse.
Museu de cera apocalíptico
Nos pontos positivos, falamos sobre a atenção aos detalhes dispensada pela Insomniac durante a produção de Resistance 3. É estranho pensar que esse mesmo cuidado não foi aplicado às animações dos personagens. Capelli e sua turma aparecem o tempo todo com olhar de peixe morto, apenas piscando e mexendo a boca durante as cenas de corte. A expressividade é nula e capaz de acabar com o clima das animações.
Perdido e frustrado
A vastidão dos ambientes de Resistance 3 é uma de suas qualidades, mas, em diversos momentos, também é sinônimo de frustração. As enormes áreas externas apresentam pouquíssimos elementos interessantes e não incentivam à exploração. Ao mesmo tempo, não há uma indicação clara do caminho pelo qual o jogador deve seguir, fazendo com que ele acabe andando a esmo até se localizar.
Una isso, então, a momentos em que Chimeras atacam de todos os lados um usuário que não sabe onde está nem para onde ir. A falta de uma direção clara torna o jogo mais difícil e, aliada à ausência do “regen”, podem transformar Resistance 3 em um pesadelo.
Multiplayer problemático
O modo cooperativo, apresentado como uma das grandes vantagens de Resistance 3, apresenta características inexplicáveis. Apesar do modo história ser exatamente o mesmo para um ou dois jogadores, o game não permite que o parceiro entre na ação a qualquer momento. Online, não é possível se unir a estranhos e a jogabilidade só é permitida entre amigos.
Já nas arenas de combate multiplayer, os problemas são a jogabilidade nada fluída em comparação com a campanha principal e os constantes problemas de conexão e lag. Caso você seja um jogador avançado de FPS, prepare-se para passar muita raiva com jogadores que desaparecem e ser morto por balas perdidas.
Vale a pena?
Apesar de seu problemático modo multiplayer, Resistance 3 apresenta um modo campanha brilhante. A trama pessoal, as armas criativas e a ação destruidora permeada com momentos de puro terror transformam o título em uma escolha certeira tanto para fãs do gênero quanto para aqueles que procuram apenas uma boa história.
Perdido e frustrado
A vastidão dos ambientes de Resistance 3 é uma de suas qualidades, mas, em diversos momentos, também é sinônimo de frustração. As enormes áreas externas apresentam pouquíssimos elementos interessantes e não incentivam à exploração. Ao mesmo tempo, não há uma indicação clara do caminho pelo qual o jogador deve seguir, fazendo com que ele acabe andando a esmo até se localizar.
Una isso, então, a momentos em que Chimeras atacam de todos os lados um usuário que não sabe onde está nem para onde ir. A falta de uma direção clara torna o jogo mais difícil e, aliada à ausência do “regen”, podem transformar Resistance 3 em um pesadelo.
Multiplayer problemático
O modo cooperativo, apresentado como uma das grandes vantagens de Resistance 3, apresenta características inexplicáveis. Apesar do modo história ser exatamente o mesmo para um ou dois jogadores, o game não permite que o parceiro entre na ação a qualquer momento. Online, não é possível se unir a estranhos e a jogabilidade só é permitida entre amigos.
Já nas arenas de combate multiplayer, os problemas são a jogabilidade nada fluída em comparação com a campanha principal e os constantes problemas de conexão e lag. Caso você seja um jogador avançado de FPS, prepare-se para passar muita raiva com jogadores que desaparecem e ser morto por balas perdidas.
Vale a pena?
Apesar de seu problemático modo multiplayer, Resistance 3 apresenta um modo campanha brilhante. A trama pessoal, as armas criativas e a ação destruidora permeada com momentos de puro terror transformam o título em uma escolha certeira tanto para fãs do gênero quanto para aqueles que procuram apenas uma boa história.
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