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Resident Evil 6

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De volta aos trilhos

Resident Evil 6 foi, sem dúvida alguma, um dos principais jogos da Comic-Con 2012. A Capcom foi ao evento com um dos maiores estandes entre as desenvolvedoras e disposta a mostrar que todas as críticas feitas pelos jornalistas e fãs durante a E3 2012 foram atendidas. Para mostrar isso, a empresa realizou diversas transmissões ao vivo pela internet e divulgou dezenas de informações inéditas.


Antes de mais nada, a grande notícia: o screen tearing não existe mais! Os rasgos na tela que tanto assolaram os jogadores durante a demo lançada para o Xbox 360 foram corrigidos e, agora, aparecem muito pouco e de forma extremamente discreta. As grandes cicatrizes de Resident Evil 6 foram removidas e, agora sim, pudemos perceber que estamos diante de um jogo grandioso.

Maior e melhor

Em comparação com a amostra lançada para quem adquiriu o game Dragon’s Dogma, a demo de Resident Evil 6 da Comic-Con 2012 apresentou um significativo aumento de escala. Mais uma vez apresentando trechos das três campanhas principais, os novos cenários de Leon, Chris e Jake apresentam uma magnitude que ainda não havia sido vista em gameplays do título.

O destaque fica para o trecho com Chris, que mostra o combate dos agentes da B.S.A.A. contra uma das maiores criaturas que já apareceram em Resident Evil. Capaz de destruir prédios com um único soco, a batalha contra o monstro apresenta até mesmo ares de God of War quando o protagonista sobe nas costas da criatura e usa um dos chifres dela como arma.

A luta continua de forma mais tradicional, com os soldados enfrentando grupos de inimigos enquanto acompanham um tanque de guerra. Aqui também é possível perceber outra grande melhoria em relação à demo passada. A câmera está mais distante do personagem principal e permite a visualização de uma área maior do cenário, facilitando os disparos e diminuindo os danos sofridos por Chris. Os fãs agradecem.

O novo cenário de Jake o leva à China e também tem grande foco no combate. Apesar de também contar com inimigos portando armas de fogo, o grande foco aqui são as armas biológicas nas quais eles são capazes de se transformar. Esqueça os J’avos da primeira demonstração: as criaturas desta vez são muito mais agressivas e poderosas.

Após receberem disparos suficientes para morrer, o inimigo acaba preso em uma espécie de casulo – chamado de Chrysalid – que, caso não seja destruído, dá origem a um monstro muito mais perigoso. A aparência final é semelhante à de uma piranha com pernas, mas seus ataques ferozes e poderosos farão com que você corra antes de dar risada.

Terror como antigamente

Leon também aparece em uma amostra bem melhor que a disponível anteriormente. O trecho com o agente acontece imediatamente após o fim da demo do Xbox 360 e ainda o mostra pelos corredores da Universidade Ivy, mas sem a morosidade de antes. O suspense está presente, mas agora é temperado por zumbis que atacam de todos os lados.

Os combates culminam em uma perseguição motorizada, com Leon e sua parceira Helena fugindo de zumbis utilizando um veículo. É claro que nada pode ser assim tão fácil e, após um acidente – que lembrou bastante a cena inicial de Resident Evil 2 –, a dupla decide seguir pelos esgotos e acessar os túneis do metrô para chegar até a catedral da cidade americana de Tall Oaks. A escolha é totalmente lógica, afinal de contas, lugares escuros e claustrofóbicos sempre são os mais seguros contra a praga dos mortos-vivos.

Um novo trailer, também focado no horror, foi divulgado durante a Comic-Con e exibiu um dos novos inimigos do game. Quem gosta dos primeiros jogos da franquia vai perceber diversas semelhanças entre a serpente invisível de Resident Evil 6 e a Yawn, enorme cobra que será enfrentada por Chris e Piers em determinado momento do game. As referências aos games clássicos não param por aí e também se estendem a ângulos fixos de câmera e até mesmo citações à sumida Claire Redfield.

Resident Evil 6 tem lançamento marcado para o dia 2 de outubro de 2012, em versões PlayStation 3 e Xbox 360. Uma edição PC deve chegar alguns meses depois.

The Amazing Spider-Man

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O Amigão da Vizinhança retorna aos games de maneira quase espetacular 

Há 10 anos, estreava nos cinemas "Homem-Aranha", primeira adaptação cinematográfica do personagem de mesmo nome. O filme fez um sucesso estrondoso, tendo ainda duas sequências lançadas em 2004 e 2007.

Só que o tempo passa e chegou a hora de uma nova geração ser apresentada ao Homem-Aranha. "O Espetacular Homem-Aranha" é o nome do novo filme que reconta, de maneira mais “pé no chão”, a origem do Aranha, seu primeiro amor e o confronto com o seu primeiro supervilão, o Lagarto.

Como era de se esperar, o filme, assim como as adaptações anteriores, ganhou um jogo para Xbox 360, PlayStation 3, Wii, 3DS e PC. The Amazing Spider-Man apresenta funções conhecidas dos fãs de games do Homem-Aranha, assim como algumas novidades.

Agora, chegou a hora de saber se a nova aventura do Cabeça de Teia é digna dos 50 anos do personagem ou se ela é só mais um jogo meia-boca baseado em um filme.
Aprovado

Manhattan é o seu parque de diversões

Um elemento que estava sumido nas últimas aventuras do Homem-Aranha nos video games está de volta na forma do mundo aberto, ou Free Roam. Você tem total liberdade para ficar se balançando em teias entre arranha-céus da ilha de Manhattan. Fãs do personagem devem gastar algumas horas só passeando pela cidade e resolvendo pequenos crimes que acontecem pelo cenário.



Pontos turísticos, como Times Square, Central Park e Empire State Building, estão lá para serem visitados. Apesar de não ser possível entrar em todos os prédios, a experiência de “se tornar o Homem-Aranha”, mostrando todo a sua habilidade e seus poderes em saltos vertiginosos por Nova York, deve divertir até aqueles jogadores mais exigentes.

Nada de adaptação. O jogo é uma continuação do filme

Talvez um dos grandes problemas de adaptação de filmes para os games é o fato de a história ser presa ao material original, o que impede que seus desenvolvedores possam criar algo único.

Em The Amazing Spider-Man, a Beenox ousou ao criar uma continuação direta do filme. O game começa alguns meses após o final do longa-metragem, criando uma verdadeira ponte entre ele e sua vindoura continuação, anunciada para chegar aos cinemas em 2014.



Após o ataque do Lagarto à cidade de Nova York, a Oscorp tenta se reinventar para limpar o seu nome perante a população. Só que experiências relacionadas aos projetos do Dr. Curt Connors continuaram sendo desenvolvidas, e o que antes era um soro utilizado por uma pessoa, agora, se tornou um vírus que acabou chegando às ruas.

Tudo muito interessante e que deve agradar aos fãs do personagem e do filme, que estreou recentemente, ainda que em algumas situações, existam alguns momentos um pouco forçados.

Vilões conhecidos, novas origens

Como um jogo de super-herói não sobrevive apenas de passear pelo cenário e derrotar capangas, The Amazing Spider-Man tem a participação de alguns vilões clássicos dos quadrinhos. Estão presentes versões de Rhino, Vermin e Escorpião, todos dentro do contexto apresentado pelo reboot da franquia no cinema.



Quem é fã do Homem-Aranha e tem certa atenção a detalhes notará algumas menções especiais a alguns personagens que se tornam vilões. Dica: fique de olho nas biografias dos bandidos que encontrar e conversas dentro da Oscorp. Existem pelo menos dois comentários que farão fãs se empolgarem muito e torcerem para que a sequência do filme carregue elementos do game na história.

Faça tudo o que uma aranha pode fazer

Um dos pontos que, assim que foram mostrados em vídeos de gameplay, chamou muito a atenção foi o sistema de combate do jogo. Em vez de golpes grosseiros, perdidos e que não chegam perto dos inimigos, agora cada ataque encontra o alvo como se fosse uma tijolada bem dada.

Parecido com o sistema de combate de jogos como Batman: Arkham Asylum/Batman: Arkham City, The Amazing Spider-Man mostra um Homem-Aranha ágil, forte e acrobático. Além dos botões de ataque e esquiva, você pode utilizar a nova função Web Rush para acabar com seus oponentes.



Essa nova função apresenta uma maneira diferente de se comportar no meio de uma pancadaria contra capangas ou enquanto se passeia pelo cenário. Ativando o Web Rush, o jogo entra numa espécie de “bullet time”, em que são apresentadas várias possibilidades de sair de ponto A e chegar no ponto B.

Como estamos falando do Homem-Aranha, tudo é acrobático e incrível, o que deve encher os olhos até dos fãs mais incrédulos.

Os gráficos do jogo não são os melhores da geração atual, mas alguns detalhes, como a perfeição da roupa do Aranha, mostram que a Beenox teve uma atenção especial na caracterização do personagem.
Reprovado

Dificuldade 8 ou 80

A primeira coisa a se fazer quando The Amazing Spider-Man começa é escolher a dificuldade que será aplicada ao game. Existem três níveis: Human, Hero e Superhero. Sinceramente, poderiam existir apenas os modos “Fácil” (Human e Hero) e “Você vai morrer rápido” (para o Superhero).



Enquanto nos modos Human e Hero tudo é muito simples, sendo tranquilo passar por um grupo relativamente grande de oponentes sem tomar um soco, no Superhero eles atacam você com toda a vontade do mundo e, em pouco mais de três socos, você estará largado no chão.

Sim, estamos falando do modo mais difícil e ele deve ser assim, mas o problema é que não existe uma curva clara de evolução de dificuldade. Se você fechar o jogo nos modos mais fáceis, passará por tudo sem fazer muito esforço. Passe para o modo mais difícil e comece a morrer em momentos que antes você estava “dando show”.

Cadê a Emma Stone?

É normal quando um filme é adaptado para os games que membros do elenco emprestem sua aparência e dublem os personagens que interpretaram. Isso aconteceu com os jogos baseados na trilogia anterior do Homem-Aranha, mas não se repetiu com The Amazing Spider-Man.



Além de feições que lembram muito vagamente os atores que trabalharam no longa-metragem, todas as vozes foram dubladas por dubladores profissionais. Tanto a dublagem como os modelos de personagens estão bem-feitos, mas é algo que tira um pouco o brilho de “continuação” do filme.

Que câmera safada...

The Amazing Spider-Man se divide em duas partes: liberdade em Manhattan e missões em locais fechados. Enquanto você comanda a câmera com facilidade quando você se pendura em prédios da Grande Maçã, é só ficar em um ambiente fechado para ver como ela pode ser irritante.



A câmera tem a mania de se fixar — durante alguns momentos — em ângulos que só atrapalham, como no canto de uma parede. Quando isso acontece no meio de uma luta, é quase certeza que você receberá um sopapo na cara.

Quando você resolve escalar uma parede e andar pelo teto, a câmera e como movimentá-la se modificam completamente, fazendo com que você tenha que gastar alguns segundos para poder se adaptar a ela, quando, na verdade, ela é que deveria se adaptar a você.
Vale a pena?

Comparado com outros games do Homem-Aranha da geração atual, The Amazing Spider-Man é um grande jogo. Ainda está longe de ser considerado o jogo perfeito do personagem, como foi a impressão que jogadores tiveram com o Batman e o lançamento de Batman: Arkham Asylum.

O título consegue se destacar dentro de uma legião de adaptações de filmes, divertindo e sendo fiel ao personagem. Mesmo assim, ainda fica a sensação de que se a Beenox tivesse um pouco mais de tempo para desenvolver um jogo original do Homem-Aranha em moldes parecidos, teríamos em mãos o título definitivo do Amigão da Vizinhança.
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