BlogBlogs.Com.Br

Crysis 3

|

Uma sequência digna do legado de Crysis


Fervendo!

Quando surgiu, Crysis alterou completamente o referencial em termos de “qualidade técnica” de um FPS. O fato chegou a virar meme, inclusive: “Consegue rodar Crysis?”, dizia a brincadeira, referindo-se ao suprassumo da exigência em termos de processamento gráfico.

Crysis 2 foi uma ótima sequência, não há dúvida. Havia novamente o respeitável poderio gráfico, embora uma reclamação tenha sido quase um consenso entre os jogadores: um modo campanha linear ao extremo — mesmo com os belos cenários urbanos em ruínas brilhantemente concebidos pela Crytek. Mas, dado o histórico da franquia, o que seria razoável esperar de Crysis 3?


A resposta da desenvolvedora é padrão: aquilo que de melhor foi encontrado nos dois primeiros games. Dessa forma, conforme dito recentemente, Crysis 3 não apenas deve “derreter” o seu PC, como também deve oferecer um mundo de jogo muito mais rico em possibilidades. Em outras palavras, saem as tradicionais fases em “linha reta” para entrar um verdadeiro labirinto de desafios — um desafio e um convite à criatividade.

Em paralelo, há ainda a bem-vinda reformulação da proposta multiplayer de Crysis, a qual responde por um novo curto e significativo: “Hunter”. Trata-se aqui de uma proposta praticamente sem precedentes; uma espécie de mistura entre a tensão e a agonia do filme “Predador” e a mitologia própria da franquia da Crytek. Enfim, vamos aos detalhes.

Sobreviva à sua maneira

No que se refere à concepção dos cenários, Crysis 3 deve, de acordo com os seus desenvolvedores, “retornar às origens”. Quem jogou Crysis 2 deve entender perfeitamente o que isso significa: cenários mais amplos, deixando de lado, mais uma vez, o foco em ambientes urbanos destroçados.

Entretanto, não, Crysis 3 não deve ser tão aberto quanto o primeiro game. Antes, trata-se de um equilíbrio entre os extremos apresentados nos dois primeiros jogos. Quer dizer, não há todo um mundo para explorar livremente, mas você também não será conduzido direto de um ponto A até um ponto B.

“Em Crysis 2, nós estávamos restritos ao ambiente urbano que havíamos criado”, afirmou o produtor do game, Michael Read, em entrevista ao site IGN. “Tudo se parecia muito com um corredor. Entretanto, se nós deixarmos as coisas abertas demais, haverá espaços que simplesmente serão inúteis.”

Mas isso não significa apenas que haverá um enorme ambiente cheio de reentrâncias. Na verdade, assim que enfiar a cara em uma nova “fase”, por assim dizer, você logo perceberá que existem inúmeras abordagens possíveis — quais inimigos atacar primeiro? Aproximação furtiva ou disparos imediatos em tudo o que se mexer? Simplesmente não há um script definido aqui.

Ruínas, córregos, mata fechada

Não é apenas na variedade de abordagens possíveis que os ambientes de Crysis 3 merecem um ou dois “vivas!”. Na verdade, toda a arquitetura dos cenários aqui é bastante criativa e variada. São córregos, ruínas, morros, videiras espalhadas por todo canto. Certamente um belo visual — um bom motivo para você fazer um ou dois upgrades de peso na sua máquina, caso a sua versão escolhida seja a do PC.

E por falar na versão para PC...

A edição de Crysis 2 para PC deixou muita gente com um sorriso amarelo estampado no rosto. Isso porque, pelo menos no momento do lançamento, não era possível expandir o game para proporcionar o mesmo espetáculo gráfico do primeiro título. Bem, em Crysis 3 isso é passado.

De fato, o terceiro game trará suporte para DirectX 11 logo no lançamento. “Com Crysis 2, o nosso maior desafio foi otimizar as qualidades extraordinárias pelas quais nós éramos conhecidos e adaptá-las aos consoles”, disso o diretor de desenvolvimento da CryEngine, Carl Jones, ao site IGN.


Ele continua: “As pessoas acabavam pensando que nós estávamos nivelando a qualidade por baixo. Nós realmente não estávamos. Nós quisemos proporcionar a mesma experiência em um PC de alto desempenho e em um console. Agora que o trabalho já está feito, nós adicionaremos mais coisas”.

Em outras palavras, com as versões para console relativamente desenvolvidas, a Crytek promete que Crysis 3 para PC será capaz de “derreter PCs” logo de saída. “Vocês vão se deparar com um jogo [com a qualidade] da próxima geração aqui mesmo, em fevereiro do ano que vem”, garantiu Jones. “Há vários upgrades de peso em termos de luz e sombras”.

Em suma: não se trata, em nenhum sentido, de um port. De acordo com a Crytek, o desenvolvimento de Crysis 3 foi absolutamente independente em todas as plataformas. Entretanto, a desenvolvedora enfatiza que as especificações mínimas devem seguir o que foi feito em Crysis 2. Um computador minimamente decente ainda deve ser capaz de rodar o colosso visual de Crysis 3 (embora em condições um pouco menos deslumbrantes).

O seu poderoso arco composto
O arco composto de Crysis 3 não é apenas uma nova arma. Na verdade, trata-se antes de um novo conceito de combate mesmo — um belo acompanhamento para o potencial dos novos cenários, sem dúvida.

Basicamente, o arco composto é uma arma polivalente. Pode-se atingir inimigos a longas distâncias — um belo recurso para snipers, portanto. Também se podem realizar ataques furtivos. Além disso, um rápido upgrade ainda permitirá uma verdadeira chuva de flechas enquanto você salta das sombras sobre um inimigo incauto.

E há ainda vários tipos de munição, com ataques aéreos, elétricos ou explosivos. Naturalmente, quanto maior o alcance dos seus disparos, maior será a energia consumida da Nanosuit.

Inimigos mais espertos

Para acompanhar a revisão geral prometida para Crysis 3, a Crytek também pretende oferecer adversários mais conscientes e difíceis de se surpreender e derrubar. Em outras palavras, a I.A. (inteligência artificial) dos dois primeiros games foi devidamente reformulada aqui, ganhando maior elaboração.

“Em Crysis e, especialmente, em Crysis 2, era perceptível que a I.A. era focada em extremos. Nós estamos trabalhando agora em possibilidades intermediárias.”, disse o produtor Michael Read à IGN. Isso equivale a inimigos capazes de entrar em pânico, de se esconder etc. — uma melhoria óbvia em relação ao “atacar ou não atacar”.

Além disso, é possível perceber diferenças de comportamento com base na natureza do personagem controlado pelo computador. Dessa forma, soldados da Cell, por exemplo, será mais agressivos, mas também terão um bom nível de prontidão e conhecimento do terreno ao redor.

Hunter: um novo fôlego para o FPS multiplayer

Eis algo que chamou a atenção dos presentes durante a última edição da feira gamescom: o modo Hunter. Trata-se aqui, aparentemente, da promessa de um novo fôlego ao multiplayer em games de tiro em primeira pessoa.

A inspiração aqui foi buscada no filme “Predador”: 8 ou 16 jogadores são espalhados pelo cenários, sendo que dois deles assumem o papel de “Caçadores”, devidamente armados com a poderosa Nanosuit — silenciosos, invisíveis e absolutamente mortais.

Os demais jogadores assumem então o papel de agentes normais da Cell, pesadamente armados, mas sem vantagens extraordinárias. O negócio é conseguir permanecer vivo durante dois (longos) minutos.

O ponto realmente interessante? Cada Cell derrubado ressurge imediatamente como um “Caçador”. Isso transforma todos os sobreviventes em paranoicos desesperados, constantemente tensos e olhando para todos os cantos em busca de um inimigo invisível. E mais: é possível vencer sem disparar um único tiro! É claro que haverá também, é claro, os clássicos modos multiplayer. Mas Hunter é algo que ainda deve dar o que falar.

Enfim, Crysis 3 parece pronto para carrear o legado da franquia um passo além — e em todas as direções. Há aqui um belo mundo aberto cheio de possibilidades, e também uma proposta multiplayer genuína. E tudo isso encontra-se bem embalado por uma boa história, capaz de dar continuidade à mitologia típica da Crytek.

Crysis 3 tem lançamento previsto para o segundo trimestre de 2013.

The Expendables 2 Videogame

|

Atirar, atirar e, de vez em quando, esfaquear!

The Expendables é um inusitado filme que foi lançado no Brasil com o nome “Os Mercenários” em agosto de 2010. Dois anos mais tarde, o grupo de destruidores está de volta ao campo de batalha, com várias novidades no elenco e com muita destruição. Comemorando a novidade, a Ubisoft aproveitou para lançar um game da franquia, contando uma história entre a primeira e a segunda produção.

Quatro mercenários — Barney Ross (Sylvester Stallone), Yin Yang (Jet Li), Gunnar Jensen (Dolph Lundgren) e Hale Caesar (Terry Crews) — foram contratados para resgatar uma pessoa extremamente valiosa que foi sequestrada. Trata-se de um bilionário chinês, que vai render ao quarteto uma considerável quantia de recursos financeiros, além de muita violência e explosões.

Toda a “negociação” estava transcorrendo sem maiores problemas, já que tudo não passava de meramente de uma operação de adentrar o território inimigo para efetuar o resgate, sair do local com o refém e retornar ao seu local de origem para receber o esperado pagamento. No entanto, a estratégia dos Mercenários é um pouco menos discreta do que isso e um bom tanto mais auspiciosa.

O próprio Stalone explica a tática do grupo: “Vamos localizar os caras maus, matar todo mundo, explodir tudo o que for preciso, pegar o refém e retornar”. E é assim mesmo que a jogatina vai começar em The Expendables 2 Videogame, cujo enredo termina no exato momento em que o segundo filme da série começa. Será que o game convence? Vamos conferir.
Aprovado

Matar, matar, matar
The Expendables 2 Videogame propicia um tipo de jogatina relativamente pouco recorrente entre os shooters mais comuns do mercado. Não há nenhum tipo de disfarce ou de mascaramento para sequer tentar esconder que o jogo é baseado em atirar em absolutamente tudo o que se mexer na sua frente. Tanto é que seus companheiros não podem ser atingidos pelos seus disparos, ou seja, atire à vontade.


Para aumentar a sensação de que você é um mercenário sem dó nem piedade (e tampouco arrependimento), os personagens possuem as mesmas habilidades que os caracterizam no primeiro filme. Cada um deles é focado em uma espécie diferente de combate, o que confere uma gama distinta de animações. Felizmente, todas são sanguinolentas ao extremo!

Tiros para todos os lados

A trilha musical e os efeitos sonoros de The Expendables 2 Videogame só perdem para um outro game de “tiroteio generalizado”, chamado Magicka Vietnam. Isso posto, a composição técnica, a sincronização e a escolha da partitura musical para cada momento do jogo estão aprovadas com louvor.


Os tiros variam claramente de acordo com as armas que você estiver utilizando, o som dos cortes que as facadas infligem na pele dos soldados são empolgantes e as explosões tiveram um tratamento especial. Só faltou mesmo um rock pesado para que você saísse gritando enquanto está jogando.

Cooperando geral

O modo cooperativo de The Expendables 2 Videogame funciona que é uma beleza. Basta você iniciar uma sessão de jogatina aberta que outras pessoas podem se conectar a seu jogo. Se você já quiser começar acompanhado, basta você mesmo ir atrás de alguma aventura já iniciada e unir-se ao grupo.

“Cinematic Kills!”

Cada um dos personagens possui uma cena de corte especial para finalizar um inimigo. Trata-se de uma referência muito grande aos combates que acontecem no primeiro filme, sendo que cada mercenário utiliza um tipo de finalização que lhe é mais característico.


Assim, todos os quatro componentes do grupo têm suas cenas especiais, que deixam a jogatina muito mais violenta e animada. É uma espécie de Fatality (vide Mortal Kombat) que você pode sair disparando a qualquer momento. A jogabilidade sem armas é bastante fluída e permite que você use e abuse das pancadas em inimigos próximos.
Reprovado

Jogabilidade um pouco confusa
The Expendables 2 coloca os gamers em um cenário de tiroteio frenético e muita ação desgovernada. A parte inferior da tela mostra os dados de cada um dos personagens que podem ser controlados (por você ou pela IA), incluindo a vida, as armas e qual deles você está utilizando no momento. No entanto, não são raras as vezes em que você tem que olhar mais de uma vez para a tela para poder ter certeza de onde está seu “char”.



A retratação dos atores nas ilustrações dos personagens não ficou exatamente ruim, mas poderia ser muito melhor. Mas de todos os recursos disponíveis, a parte mais confusa é quando alguém está caído e precisa de cuidados médicos para reviver. Nesse momento, nunca está claro quando o jogador pode continuar atirando, nem qual é o colega que está prestando assistência. Se você não fizer nada e esperar, logo seu comparsa estará em pé novamente...

Sistema de mira sem mirar

Uma característica de The Expendables 2 Videogame que não agrada muito é o sistema de mira por direcionamento ou aproximação. Durante os momentos normais de jogatina, você não controla a mira propriamente dita de cada personagem. É preciso apenas direcionar com o analógico direito do controle do PalyStation 3 cada atirador para o lado que você quer que ele dispare e apertar o gatilho.


Uma das ressalvas fica por conta dos momentos em que você está controlando alguma arma maior dentro de um helicóptero ou de um veículo terrestre. A outra situação de mira diferenciada é quando você utiliza o rifle com sniper. Um raio laser parte da arma, indicando qual era o inimigo atingido — o que também não é lá muito preciso.

Já?

Assim que fomos baixar The Expendables 2 Videogame, tivemos uma reação de estranheza ao notar o tamanho do jogo. “Só isso?”, perguntavam os mais curiosos expectadores se referindo à pequeneza do game. Isso implica dizer que a campanha offline da história pode ser finalizada em menos de uma manhã...

É por essa razão que o game é um cooperativo focado nas modalidades online — história não émesmo o forte de “Os Mercenários”. Mesmo assim, os desafios acabam sendo um pouco curtos demais. O que você pode fazer para o game ficar mais desafiador é jogá-lo na dificuldade máxima. Mas, mesmo assim, o tamanho da empreitada será o mesmo.
Vale a pena?

The Expendables 2 Videogame é um título divertido, potencialmente direcionado para quem é fã do filme e para quem realmente gosta de tiroteios sem quaisquer justificativas. Podemos resumir a jogatina nas seguintes (sucintas) palavras: atirar, atirar e, de vez em quando, esfaquear.


No entanto, The Expendables 2 Videogame acaba sendo um jogo muito limitado devido ao seu caráter de tiroteio frenético. Tudo é pequeno no jogo, desde a quantidade de personagens que aparecem até o número de missões e desafios.

Dificilmente você ficará jogando por muito tempo seguido depois que conseguir evoluir seus personagens ao nível máximo de habilidades e itens. Portanto, o jogo vale a pena pela diversão, mas no quesito “conjunto da obra” fica devendo bastante.
Related Posts with Thumbnails