Prison Break: The Conspiracy

Junte-se a Michael e Lincoln na penitenciária de Fox River

Se você é um dos milhões de órfãos do seriado Prison Break (cancelado após quatro temporadas a mais de 80 episódios) certamente está em busca de algo para consolá-lo. Pois a Zootfly ouviu o seu pranto e resolveu trazer o Fox River Eight de volta para a tela, mas desta vez em um video game.

Da TV para a … TV (mas no video game)

Para quem esperava assumir o papel de Lincoln ou Michael um aviso, o jogo apresenta uma nova história — o que amortece eventuais conflitos com o cânone da série —, na qual você encarna um novo personagem, Tom Paxton (um agente da Companhia).

Isso mesmo, você é enviado pela sinistra corporação para vigiar o impetuoso Michael Schofield, preso após um assalto a banco e encarcerado na mesma penitenciária que o seu irmão, Lincoln Burrows (fatos que seguem a trama principal da primeira temporada da série).

Se a ideia de “interpretar” um personagem que não aparece na série pode parecer desapontante para os fãs, a escolha revela-se extremamente interessante ao oferecer uma nova perspectiva aos eventos já apresentados na temporada de estreia do seriado, ao mesmo tempo em que abre novas possibilidades, com história paralelas que não apareceram na tela.

Em suma, a história acompanha o desenrolar da primeira temporada, feito que realiza com grandes méritos já que reproduz fidedigna e convincentemente, utilizando passagens do show dentro do jogo, fazendo com que a ação desenrole-se na sua frente. Assim, você está presente quando Michael atravessa os portões da Penitência de Fox River pela primeira vez, bem como o seu primeiro encontro com o maligno Tea Bag (T-Bag para os íntimos).

Mas se isso não bastar, os fãs podem comemorar o fato de que todo o elenco original participou da produção, emprestando as suas vozes para suas contrapartes virtuais.

Além disso, a participação dos atores também ajudou a Zootfly a capturar a fisionomia e até mesmo as personalidades, torando o jogo muito mais realista e fiel ao original. E isso não aplica-se somente aos protagonistas, personagens secundários como Charles Westmoreland e John Abruzzi também estão presentes e corretos.

Xilindró

A jogabilidade de Prison Break é relativamente aberta, lembre-se que você está preso, portanto a sua exploração do cenário é limitada — você pode visitar vários ambientes e conversar com diversos personagens, mas uma sorte de restrições.

Em um dinâmica similar a de outros jogos de “mundo aberto”, entre as missões você poderá participar de alguns minijogos, que faram com que você aumente de nível ou que acumule dinheiro. No caso os minijogos de Prison Break são bem inusitados, para ganhar dinheiro você deverá participar de lutas de boxe clandestinas (organizadas pelos próprios prisioneiros). Para participar de lutas mais lucrativas você deverá treinar muito e fortalecer-se, para tanto basta utilizar os equipamentos de musculação e o saco de pancadas presentes no pático da prisão.

 

As missões são estruturadas de forma mais “furtiva”, o objetivo na maioria das vezes é infiltrar-se e encontrar determinados itens. Em uma das demonstrações do jogo, foi possível conferir o momento em que assumimos uma missão ao lado de John Abruzzi, conforme você dois escondem-se no vestiário dos guardas para descobrir se um dos membros da gangue de Abruzzi está delatando-o.

Além de mostrar um pouco da dinâmica de jogo essa demonstração também evidenciou como a narrativa paralela (este evento nunca aconteceu dentro do seriado) confere um gostinho especial de como é o “dia a dia” dos prisioneiros de Fox River.

Prison Break: The Conspiracy está mostrando grande potência, com atributos que devem agradar não apenas aos fãs do seriado, mas também aos jogadores que gostam de um bom jogo de aventura. A inclusão dos tradicionais minijogos e alguns elementos de RPG também adicionam algumas camadas interessantes ao jogo. Prison Break: The Conspiracy inicia sua fuga no dia 26 de março.