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Total War: Shogun 2

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Um mergulho histórico

Nippon, 1545. Após um longo período de guerras, o país sofre com uma complicada crise interna. Seu território foi dividido em inúmeras províncias, dominadas pelos senhores feudais, conhecidos como daimyos.

Essa descentralização do poder enfraqueceu a autoridade do atual shogun, líder militar que governava o Japão nessa época. Com isso, diversos clãs espalhados pelo arquipélago iniciaram uma série de conflitos a fim de derrubar o xogunato vigente e colocar sua família no topo da hierarquia nipônica, mesmo que isso significasse derrubar aqueles que tivessem o mesmo objetivo.

É nessa época da história que Total War: Shogun 2 nos faz mergulhar. Seguindo a linha dos demais jogos da série, o game utiliza fatos reais como pano de fundo da narrativa e nos apresenta um interessante e complexo sistema de estratégia para que possamos recriar ou reescrever o que aconteceu há séculos.


Para isso, a The Creative Assembly colocou vários desses clãs à disposição dos jogadores para que eles mesmos refaçam sua versão da história. Se os Tokugawa foram os verdadeiros vencedores dessas lutas, aqui podemos fazer com que os Uesugi ou os Chokosabe cheguem ao coração do governo, em Kyoto. Tudo depende de suas habilidades como líder para comandar seus exércitos e gerenciar suas províncias.

O grande destaque do título é exatamente a jogabilidade, que combina elementos de RTS com estratégia em turnos. O resultado é uma mecânica que exige muito cuidado na hora de tomar suas decisões, que vão desde a manutenção da ordem pública, da coordenação de ações militares e até mesmo o destino dos herdeiros de seu clã. Se a proposta é torná-lo um xogum, o jogo conseguiu.

Jogos, cultura e educação

Sabe aquele papo de que os games não levam a lugar algum e que nunca ensinam nada? Pois Total War: Shogun 2 é a resposta definitiva de que essa ideia está mais do que equivocada. Por mais que a história nipônica não faça parte do currículo nas escolas brasileiras, é inegável que o título consegue ensinar ao mesmo tempo em que diverte e entretém.

O grande acerto da desenvolvedora é levar o jogador a um período que sempre aguça nossa curiosidade. O Japão feudal é conhecido exatamente por conta das batalhas, de seus samurais e de seus ninjas. Quem nunca ouviu falar em Miyamoto Musashi ou se interessou pelo passado de uma das nações mais influentes do mundo?

Mais do que isso, o game realmente consegue recriar a época a ponto de fazer com que a jogatina se transforme em um mergulho cultural. Desde os primeiros momentos, Shogun 2 traz diversos elementos típicos da arte japonesa e narra várias passagens importantes como se elas fossem somente parte do enredo. Muito melhor do que a didática de muitos professores.
Aprovado

Mergulho histórico e cultural

Como dito, total War: Shogun 2 se destaca exatamente por transportar o jogador da frente do PC para o Japão feudal. A reconstrução do período é feita de maneira magistral e é impossível se tornar indiferente ao que nos é mostrado. Se você já conhece um pouco sobre o passado daquele país, a viagem se torna ainda mais prazerosa.

A desenvolvedora teve um cuidado muito grande para reviver cada elemento e criar uma ambientação realmente imersiva. A começar pela trilha sonora, que utiliza elementos característicos da cultura nipônica e consegue criar um clima quase que épico aos confrontos entre samurais na apresentação de abertura.


Os detalhes de época também foram respeitados, seja na construção das armaduras dos guerreiros, nas tradições vistas nos campos de batalha e até mesmo em alguns costumes do cotidiano das províncias. Pode parecer algo relevante dentro do contexto estratégico que o jogo se propõe a oferecer, mas vale a pena ser conferido e apreciado.

O mesmo pode ser dito das questões históricas, que são reproduzidas da maneira mais fiel possível. A comentada crise política do século XVI é um ótimo exemplo, já que somos apresentados a clãs reais que estavam envolvidos na disputa pelo xogunato. Nomes como Tokugawa, Chokosabe e Date fazem parte dos registros do passado e podem ser controlados por você em Shogun 2. Personagens e heróis nacionais também estão presentes, principalmente entre generais e daimyos.

Há até mesmo um modo exclusivo para que os jogadores revivam batalhas importantes, como Kawanakajima e Sekigahara. Embora não seja possível selecionar o exército nestes casos, “presenciar” essas lutas é algo muito divertido.

As missões cristãs também dão as caras nesta edição de Total War. Como estamos na época de maior influência das chamadas “Grandes Navegações” europeias, a expansão territorial e religiosa chega ao Oriente e é exibida de maneira interessante em Shogun 2, como será visto a seguir.

Com tantas informações em um só lugar, fica complicado ter domínio sobre todos os fatos, datas e nomes. Por conta disso, a The Creative Assembly preparou uma enciclopédia com tudo o que pode ser útil para o jogador em sua campanha. Com dados que vão desde elementos do próprio jogo a registros reais, o usuário pode reservar um tempo para se aprofundar em características de seu clã e até mesmo em curiosidades sobre o passado do Japão.

Liberdade estratégica

Um dos principais atrativos de um jogo de estratégia é testar a capacidade administrativa de seu comandante. Pôr à prova noções de economia e desenvolver táticas de guerra são apenas alguns pontos que tornam o gênero ao atraente. E nesses quesitos, Total War: Shogun 2 consegue se destacar.

Sabe aquele plano de aceleração do crescimento que você fez para sua província? Pois bem, ela não era tão funcional assim e as coisas não saíram como você imaginou, fazendo com que suas economias desaparecessem e que seu território abrisse as portas para uma invasão inimiga.



Isso é apenas uma das possibilidades disponíveis no game, já que há como definir qualquer aspecto na administração de sua província. Todas as decisões têm um tipo de consequência, tanto positivas quanto negativas.

A primeira grande escolha está na hora de selecionar o clã da campanha. Cada família possui características diferentes, assim como um nível de dificuldade distinto. Os Uesugi, por exemplo, são aconselhados para iniciantes. Por serem mais religiosos e com uma relação muito maior com o Budismo do que nos demais feudos, eles são os únicos a conseguirem evoluir seus monges a um nível mais próximo do divino.

O gerenciamento de suas áreas é algo muito mais complexo do que o visto em muitos jogos do gênero. Shogun 2 oferece um complexo sistema de gerenciamento em que existem diversas variáveis envolvidas. Embora alguns desses fatores pareçam desnecessários, saber lidar com problemas de todas as naturezas é uma característica fundamental para quem almeja ser o próximo xogum.


Entre as várias questões que o jogador terá de decidir ao longo da campanha, a que mais gera dor de cabeça é a que envolve a quantidade de tributos que os moradores de suas províncias terão de pagar ao daimyo. Ao mesmo tempo em que uma taxação elevada faz com que sua economia prospere, isso faz com que o nível de descontentamento da população aumente. Cabe a você decidir se diminui os lucros – e assim cortar investimentos em seu exército, por exemplo – ou se ignora o apelo popular. Neste caso, é possível que eles se rebelem e organizem um grupo armado para tirá-lo do poder.

Por falar nisso, a satisfação é um dos pontos mais importantes de Total War: Shogun 2. É preciso estar atento a isso desde os primeiros momentos de jogo, já que isso influencia desde o crescimento da economia à motivação de seu exército. Além dos aldeões, seus generais também podem começar a questionar sua autoridade e fazer com que toda sua força bélica seja inutilizada.

Para isso, é preciso entrar na questão familiar. É possível adotar algum dos líderes de suas tropas para que ele faça parte de seu clã e entre na linha de sucessão ao trono ou até mesmo arranjar um casamento com uma de suas filhas. Cada uma dessas escolhas adiciona ou remove atributos de seu feudo, dependendo do grau de aprovação.


Além disso, a religião também é um fator importante e que deve ser pensado com cuidado. Como dito anteriormente, a chegada das missões cristãs acontece nessa época e é uma peça fundamental para seu caminho em direção ao topo do xogunato. Caso você aceite a doutrina ocidental em seu território, os europeus passam a ajudá-lo com armas de fogo e fazem com que sua tecnologia evolua rapidamente. Porém, caso o povo seja demasiadamente budista, uma revolta popular pode ter início. Por outro lado, negar ajuda permite que seus rivais recebam apoio estrangeiro.

As táticas de combate também são muito importantes. Não estudar uma formação para cada investida é algo suicida e quase sempre vai levar suas tropas à morte certa. O posicionamento de unidades é feito ao iniciar de cada confronto e é um dos fatores que definem as lutas.



Mais do que isso, também é possível apostar em condições climáticas na hora de atacar um clã adversário. Esperar por um período de chuvas, por exemplo, pode ser ideal para atrapalhar a visão dos arqueiros inimigos, assim como a neve dificulta o uso das cavalarias.

Em outras palavras, o universo de possibilidades de Total War: Shogun 2 é praticamente infinito. Com várias decisões a serem tomadas e com tantas variáveis envolvidas, é praticamente impossível saber com exatidão qual será o futuro de sua família. Cabe às suas habilidades administrativas dizer se o desenvolvimento será próspero ou não.

Poderio gráfico, mas sem perder o charme

Ao iniciarmos o jogo, somos agraciados com uma das mais bonitas aberturas de games dos últimos tempos. A cena de apresentação traz todas as características culturais citadas anteriormente com um visual realmente de cair o queixo. A qualidade da pré-renderização chega a ser assombrosa.

Dentro do game, o resultado não é diferente. O destaque fica por conta dos confrontos, já que é neles que vemos a ação se desenrolar e o motor gráfico ser levado ao máximo. Imagine que é possível visualizar centenas de soldados de uma só vez e perceber que o desempenho é praticamente inabalado. É claro que isso vai depender da configuração de seu computador, mas é inegável que o potencial obtido pela The Creative Assembly é digno de elogios.



Outro ponto bastante interessante é que o zoom permite tanto a visualização aérea das batalhas quanto um mergulho em meio às tropas. Além de ver seus samurais acabando com o adversário, isso faz com que seja possível olhar de perto quem são os soldados que lutam pelo daimyo: indivíduos diferenciados e não uma massa incógnita com o mesmo rosto. É possível diferenciar cada um dos guerreiros, ouvir seus gritos de guerra e o brandir das katanas ao encontro das lâminas inimigas.

Já na tela de gerenciamento, o destaque está na arte. Como temos uma visão um pouco distante do arquipélago japonês, não há muitos detalhes. Portanto, a solução da desenvolvedora foi caprichar na direção de arte, que combinou geografia real com elementos estilizados. O traçado no mapa, por exemplo, lembra muito algumas características vistas em Okami.

Isso sem falar nas influências climáticas. Como os turnos são representados por uma estação do ano, cada rodada possui uma construção própria. Primavera, outono, verão e inverno afetam o terreno de várias formas e trazem pequenos espetáculos visuais, como as flores de cerejeira em certas épocas.

Jogabilidade completa

Se você é o tipo de jogador que se preocupa em categorizar seus jogos em gêneros específicos, Total War: Shogun 2 pode dar uma nó em sua cabeça. Por mais que seja um game de estratégia, ele não se enquadra nas características de um RTS, nem nas de um título baseado em turnos.

Isso acontece porque a The Creative Assembly misturou os dois estilos exatamente para que a jogabilidade contemplasse o que há de melhor nos dois mundos. Portanto, o gerenciamento de províncias, fortificação de unidades e expansão de territórios segue o formato tradicional de rodadas, em que é preciso aguardar as próximas estações do ano para ter acesso a novas opções.

Porém, os confrontos vão na contramão disso e possuem aspectos vistos apenas em jogos de estratégia em tempo real. Ter domínio sobre a movimentação de tropas e definir a hora de atacar, recurar e até mesmo de parar são apenas alguns exemplos do que é permitido.

Além disso, existem várias particularidades dentro dessa mecânica que vão testar suas habilidades táticas. São inúmeros detalhes tanto para a administração do clã quanto para as batalhas, o que torna tudo bastante complexo e desafiador.

Um novo clã

O modo online de Total War: Shogun 2 é um dos grandes diferenciais desta edição. Além da já conhecida campanha multiplayer, há o novo Avatar Conquest, que permite ao jogador criar seu próprio clã e lutar contra vários outros usuários para expandir seu território.


Assim como acontece em diversos outros títulos, há um sistema de progressão com base no ganho de experiência. Cada partida resulta em uma pontuação, que pode ser acumulada para que sua família suba de nível e ganhe mais recursos para evoluir. Com isso, você pode aumentar a quantidade de unidades em seu exército ou melhorar a força ou a defesa das tropas.

Com uma mecânica criativa e bastante intuitiva, almejar o crescimento de seus próprios domínios é algo muito divertido. Além disso, há vários elementos de personalização, como a bandeira que vai representar sua dinastia e até mesmo a aparência de seu daimyo.
Reprovado

Nem tudo são sakuras
Lembra-se do ótimo desempenho visual obtido pela equipe da The Creative Assembly? Embora eles realmente tenham conseguido fazer com que os gráficos de Shogun 2 ficassem impressionantes, isso não isenta o game de uma série de problemas.

A primeira e mais perceptível é que o motor gráfico não é capaz de manter a aparência estonteante vista na apresentação. Se você ficou boquiaberto durante a abertura, prepare-se para tomar um banho de água fria na animação que vem em seguida: personagens poligonais (com direito a orelhas quadradas), expressão facial nula e alguns elementos totalmente chapados. Em uma cena, por exemplo, vemos uma horta em que as plantas são riscos verdes chapados na superfície marrom.

Porém, é preciso dizer que isso não é uma constante. O grande problema está exatamente nessas cenas animadas, já que a construção de personagens jogáveis não sofre com esses problemas. Conforme observado nos pontos positivos, as lutas estão muito bonitas, então é complicado dizer onde foi que o estúdio errou.

Outro ponto é a queda na quantidade de quadros por segundos. Há momentos em que a placa gráfica do computador simplesmente não aguenta a quantidade de elementos e faz com que o desempenho despenque. Isso é bastante nítido durante a contextualização histórica ao início da campanha, já que o ambiente noturno, em chamas e repleto de samurais, deixa evidente que ainda existem algumas falhas.

Eterno aprendizado

Uma coisa é certa: Total War: Shogun 2 é um game extremamente complexo. Ao mesmo tempo em que a jogabilidade cheia de variáveis e detalhes torna tudo bastante variado, ela faz com que o tempo necessário para dominar todos os recursos existentes seja incrivelmente longo.

Por mais que isso seja uma característica do gênero em si, tudo neste jogo exige uma explicação. Claro que cabe ao jogador a decisão de ler ou não o breve tutorial, porém há o risco de você deixar algum detalhe importante não ser revelado. Além disso, administrar seu clã sem saber qual a função de cada recurso é quase como pedir que seu feudo vá à falência.


O problema é que, depois de um determinado período, o usuário não tem mais paciência para ler o que está sendo dito. Cada botão abre uma pequena janela no canto da tela que define qual sua utilidade, mas que passa a ser ignorado a partir de determinado ponto.

Isso sem falar de que há chances de você nem sequer descobrir a existência de certos elementos. Como é preciso um pouco de curiosidade para explorar a interface, é muito provável que muitas aplicações passem despercebidas, o que pode comprometer todo o avanço de sua província.

Se você não é tão apaixonado por game de estratégia, a probabilidade de você desistir de Shogun 2 é enorme. Por mais que você tente se aventurar às cegas, abandonar os tutoriais é dar um passo em direção ao fracasso. A partir daí, fechar a janela e procurar outra atividade é questão de minutos.

Vale a pena?

Sem sombra de dúvidas, Total War: Shogun 2 é um título imperdível, mas é nítido que ele é voltado principalmente para quem já é fã do gênero. Não que isso impeça que outros jogadores aproveitem tudo o que o título tem a oferecer, mas o complexo sistema de gerenciamento pode desanimar quem não está familiarizado ao estilo.

No entanto, se você for além dessa barreira, o game é uma intensa e agradável viagem ao Japão feudal. Com um cuidado visual, artístico e cultural de primeira, é impossível não se empolgar no mergulho histórico que fazemos ao Nippon do século XVI.

Assassin's Creed: Brotherhood - The Da Vinci Disappearance

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Um DLC que expande o game, mas não o renova

Criar uma nova franquia a essa altura do campeonato é uma tarefa extremamente complicada. Em um mercado com tantos grandes nomes, é muito difícil vermos um título recente conquistar a simpatia do público a ponto de disputar a atenção dos jogadores com franquias já tradicionais. Quem você imaginaria ser capaz de ameaçar o reinado de Mario ou Kratos?

A Ubisoft, porém, não se intimidou com a concorrência e apostou em Assassin's Creed, um game que estreou nesta geração e conquistou milhões de fãs em todas as plataformas por que passou logo de início. Com uma jogabilidade divertida e uma ambientação histórica repleta de teorias da conspiração, era óbvio que o jogo receberia uma sequência.

No entanto, o estúdio foi além e conseguiu superar todas as expectativas. A continuação nos levou à Europa em meio ao Renascimento e apresentou um herói ainda mais carismático. O novato Ezio Auditore da Firenze se destacou muito mais que seu antepassado, ganhou uma legião de admiradores e um novo game.


Se o segundo título foi aclamado por conta de sua evolução significativa na história, nos gráficos e na jogabilidade, essa experiência é expandida em Assassin's Creed: Brotherhood, que leva a diversão a uma área até então não aproveitada na série: o multiplayer. Com vários modos de jogo que variam da caçada em grupo ao verdadeiro “que sobreviva o mais habilidoso”, o título conseguiu direcionar para o mundo online toda a diversão da mecânica de assassinatos.

Isso sem falar do enredo, que dá sequência à trama de Ezio e faz com que sua busca por vingança contra os Borgias o leve a Roma. Se o universo de conspirações escondidas em fatos históricos sempre foi o grande diferencial da série, em Brotherhood isso é levado para o lado religioso e mostra todos os interesses (e podres) existentes dentro do Vaticano do século XVI.

Entre quadros

Como todo fã de Assassin’s Creed já deve ter percebido, os DLCs lançados pela Ubisoft para a série são sempre fatos que estão dentro do período narrado pelo jogo, mas que, por algum motivo, não puderam ser reconhecidos pela máquina Animus. Sendo assim, ao comprar o conteúdo adicional, o jogador consegue fazer com que uma parte antes bloqueada do código genético de Desmond Miles seja decodificada. Foi assim com as sequências 12 e 13 do game anterior e é assim também com The Da Vinci Disappearance.


Por conta disso, saiba desde já que existem grandes chances de existirem spoilers nesta análise. Por estar situado em um trecho muito próximo ao final da história, é natural que algumas informações possam estragar a diversão de quem ainda está dando seus primeiros passos na irmandade dos assassinos. Caso não queira nenhuma surpresa desagradável, sugerimos parar por aqui.

Desde Assassin’s Creed II, Ezio encontrou um grande aliado em sua busca por vingança: Leonardo Da Vinci. No entanto, enquanto o artista possuía um papel de coadjuvante até agora, neste pacote adicional ele é a grande estrela – ou quase, já que seu desaparecimento é o grande estopim para uma série de acontecimentos.



The Da Vinci Disappearance acontece no ano de 1506, logo após o assassino voltar a Roma, depois de um período de reclusão, enquanto estudava a Apple of Eden. Ao chegar à capital italiana, Ezio procura Leonardo na tentativa de arranjar um barco que o leve à Espanha para enfrentar Cesare Borgia.

É nesse contexto que Da Vinci explica suas pesquisas sobre o matemático grego Pitágoras e como ele aparentava ter uma relação com o artefato mágico protegido pela irmandade. Porém, essa informação também desperta o interesse de membros do Hermetismo, uma seita que acredita que Deus está em todos nós e que somente o conhecimento pode libertar o mundo – ou permitir sua dominação –, o que faz com que o ilustre artista seja capturado.
Aprovado

Novas figuras históricas

A franquia Assassin’s Creed sempre foi um prato cheio para os apaixonados por História ao nos mostrar uma releitura de personagens e fatos importantes a partir de uma perspectiva totalmente diferente. Figuras que vimos na escola, como Maquiavel, Copérnico e até mesmo Dante Alighieri, já deram as caras e se revelaram parte da irmandade dos assassinos – ou da Ordem dos Templários.

Em The Da Vinci Disappearance, além do famoso artista, temos outros nomes marcantes que assumem um papel vital dentro do enredo. É o caso de Salai, apelido dado a Gian Giacomo Caprotti da Oreno, aprendiz de Leonardo. Por conhecer toda a obra e segredos de seu mestre, o garoto é peça fundamental para que Ezio consiga resgatar seu amigo.


Já os membros do Hermetismo não são tão conhecidos assim. Por ser uma seita oculta, ela sempre permaneceu nos bastidores da História, escondida nas sombras e agindo de maneira discreta. No entanto, em Assassin’s Creed: Brotherhood, eles são muito mais chamativos e representam uma dor de cabeça muito maior do que o exército do Vaticano.

Além disso, o DLC traz também novos locais a serem visitados. Cenários como as catacumbas do Templo de Pitágoras e o Castelo de Belringuardo, em Ferrara, são ambientes que mesclam muito bem elementos de stealth com as habilidades de Le Parkour e combate dos assassinos. Caso você tente obter o máximo de sincronização de cada missão, se prepare para se tornar invisível para passar despercebido por todos os guardas existentes. Isso sem falar da difícil tarefa de se manter intangível durante confrontos contra dezenas de inimigos ao mesmo tempo.


Outro ponto bastante interessante é o reencontro com personagens que, aparentemente, haviam 
desaparecido da história principal. É o caso da filha do Papa, Lucrezia Borgia, que se casa e vai morar com o marido em Ferrara. O local é um dos mais interessantes a ser explorado de todo o jogo e a cena do reencontro do protagonista com a moça é uma das melhores da série. Após vermos a relação incestuosa da megera com seu irmão Cesare, é engraçado ver como ela suporta seu “cruel” destino ao lado do novo marido.

Novos desafios

Se você é um caçador de troféus ou conquistas, pode começar a comemorar: The Da Vinci Disappearance adiciona dez novos prêmios à já extensa lista de Assassin’s Creed: Brotherhood. O mais divertido é que todos são referentes à campanha single player, o que prolonga a vida da história mesmo após o término do game, ainda que por algumas horas.

O que chama a atenção neste aspecto é a variedade dos objetivos. Alguns são bem simples – como subornar um arauto e então roubá-lo em seguida –, enquanto outros exigem um pouco mais de empenho. Porém, até mesmo os mais complicados conseguem ser bem divertidos e prender por um bom tempo até mesmo quem já encerrou o enredo.



Exemplo disso é a caça pelos “arlequins sedentos”. Esses palhaços estão espalhados por Roma e são facilmente identificáveis pelo fato de estarem sempre fazendo alguma pirueta próximo dos rios (o que justifica o adjetivo). Embora pareça fácil, derrotá-los de mãos limpas é algo bastante trabalhoso. O mesmo pode ser dito do assassinato duplo em um paraquedas, que fará os jogadores experimentarem saltos de todos os prédios da capital italiana.

Porém, o único troféu/conquista que pode ser questionado é “O Príncipe”, que exige que o usuário sincronize por completo o game e suas DLCs. Se fosse só isso, tudo bem, mas a Ubisoft decidiu dar apenas um troféu de prata na versão para PlayStation 3. Será que alguém da equipe sabe o quanto isso é complicado de ser feito? Só pela sequência dos tanques, já merecia um ouro.

Expandindo o multiplayer

O grande destaque de Brotherhood foi a adição de um modo multiplayer, então nada mais justo do que o maior conteúdo adicional trazer algumas melhorias ao recurso. Pois The Da Vinci Disappearance consegue expandir os confrontos online e deixá-los ainda mais divertidos.

A primeira novidade é bastante visível: são quatro novos personagens disponíveis, o que torna a seleção muito mais variada. Isso faz com que a diversidade de NPCs nos mapas seja ainda maior, deixando a caçada ainda mais complicada. Se já era difícil localizar seu alvo com os inimigos tradicionais, o que dizer depois dessa atualização?

Entre os novatos, os que mais se destacam são o The Pariah, uma espécie de nobre mascarado, e o The Knight, um cavaleiro bastante parecido com os Brutes da campanha para um jogador. Além deles, há a Dama Rossa e o Marquis, dois membros da aristocracia renascentista que vêm para ampliar o multiplayer.

Porém, a mudança mais significativa está na chegada de dois novos modos de jogo. O Escort é a modalidade estreante que mais exige trabalho em equipe, já que os dois grupos devem andar sempre juntos para proteger o jogador mais importante (VIP). Como as partidas são divididas em duas rodadas, os usuários devem caçar determinado adversário e proteger sua vítima para poderem vencer.


Já o Assassinate é o mais divertido (e irritante) estilo de todo o game. A melhor forma de descrevê-lo é como um Deathmatch avançado, em que todos os assassinos são presas e caçadores ao mesmo tempo. Isso faz com que as rodadas sejam muito mais dinâmicas, já que não há um sistema de alvos específicos: se você encontrar um jogador, mate-o antes que ele faça isso com você.

O grande segredo desse novo estilo é saber se camuflar em meio aos NPCs, observar o comportamento dos outros usuários e se aproximar sem ser percebido. Caso consiga fazer tudo isso com perfeição, você terá grandes chances de ter a melhor pontuação. Porém, se falhar, será uma presa fácil em meio a tantos inimigos mortais.
Reprovado

Expandir sem renovar

O grande mérito do sistema de DLCs é a possibilidade de o jogador expandir a experiência de jogo sem precisar adquirir um novo título. Em vez de comprar uma sequência, basta baixar um conteúdo extra que traz novas possibilidades àquele universo já conhecido. E é exatamente isto que The Da Vinci Disappearance faz: prolonga o enredo do game e oferece novos recursos ao modo multiplayer. Então, por que isto está sendo dito na categoria de reprovados da análise?

Depois que a Rockstar lançou o pacote Undead Nightmare para Red Dead Redemption, a forma com que vemos os DLCs mudou. Se antes eles serviam para dar mais algumas horas de jogo, os zumbis no Velho Oeste mostraram que era possível renovar completamente a mecânica do game a ponto de ser considerado um título completamente diferente, embora sem ser uma sequência propriamente dita.

O pacote extra de Assassin’s Creed: Brotherhood não é ruim, longe disso. No entanto, ele decepciona por não oferecer uma experiência nova. São exatamente os mesmos desafios de antes, mas com uma razão diferente, o que não é tão empolgante assim. Além disso, há também o problema de tempo, já que as oito missões inéditas podem ser concluídas em apenas uma tarde. Por mais que os dois novos modos sejam divertidos, não conseguem sustentar o conteúdo por completo.

O que estamos querendo dizer é que a revolução feita em RDR deixou claro que os DLCs podem ir muito além do que está sendo oferecido em The Da Vinci Disappearance, principalmente pelo fato de ambos custarem USS$ 9,99/800 MS Points. Por que o produto da Rockstar consegue dar nova vida ao game enquanto o da Ubisoft apenas estende a narrativa por um breve período, se os dois têm o mesmo preço? Ainda que muita gente critique esse tipo de comparação, ela é inevitável.

O aparecimento do Da Vinci desaparecido
Mais do que personagens carismáticos, tramas envolventes ou ambientes imersivos, a pedra fundamental de qualquer narrativa é sua coerência. De nada adianta termos tudo isso se a história que é contada não condiz com aquilo que vemos. Mesmo que isso pareça ser apenas um detalhe, é um ponto que consegue quebrar toda a estrutura que The Da Vinci Disappearance tenta construir.



Como dito anteriormente, Ezio tenta resgatar seu amigo Leonardo Da Vinci das mãos de uma seita ocultista. Após encontrar Salai, o assassino se depara com a oficina do artista completamente destruída e um pedido de ajuda escrito com giz no chão da casa. A partir disso, o jogador deve visitar Roma e outras cidades italianas para encontrar os quadros perdidos de Da Vinci que indicam a localização do Templo de Pitágoras.

Se você jogou Assassin’s Creed: Brotherhood, certamente deve se lembrar de que existem algumas áreas no mapa assinaladas com a letra “L”. Esses locais são pontos de encontro entre o herói e o artista, que fornece armas e outros materiais importantes para a campanha. O problema é que isso permanece mesmo após Leonardo ter sido sequestrado, o que resulta em uma cena incrivelmente sem sentido em meio daquele contexto.

Ao chegarmos ao banco demarcado, vemos Ezio e Da Vinci conversando normalmente, como se este nunca tivesse desaparecido. Ele senta, há um pequeno diálogo e você volta a procurá-lo. Sim, ele esteve ao seu lado há dois segundos e você precisa ir até um templo repleto de inimigos para buscá-lo. Não tem lógica alguma.

Para quem adorou o modo multiplayer de Assassin’s Creed: Brotherhood, The Da Vinci Disappearance é motivo de alegria. Sem sombra de dúvidas, a adição mais significativa do DLC está nas partidas online. As novas modalidades expandem as possibilidades e as deixam ainda mais desafiadoras e divertidas, principalmente a Assassinate. O estilo Deathmatch de matar qualquer jogador que se aproximar é o que todos os jogadores esperavam do game, mas que só agora chega ao título.

Por outro lado, o conteúdo pode decepcionar quem esperava prolongar a vida do jogo por muito tempo. Por mais que acessemos memórias recuperadas de Desmond Miles, a duração dessa sequência não é nada surpreendente. Até mesmo o incentivo dos troféus/conquistas não chega a ser desafiante, visto que a dificuldade de obter esses elementos é bem baixa.

O maior problema do DLC está exatamente em não renovar o game. Como já dissemos, Undead Nightmare conseguiu dar nova vida a Red Dead Redemption pelo mesmo preço de The Da Vinci Disappearance, então por que Ezio não conseguiu um tratamento semelhante por parte da sua desenvolvedora? A Rockstar nos deixou mal-acostumados com as possibilidades oferecidas em um pacote de expansão e não esperamos nada menos que isso de suas concorrentes. Ouviu, Ubisoft?

Anarchy Reigns

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Um MadWorld ainda mais caótico


Anarchy Reigns traz exatamente o que o nome sugere: o mais completo caos instalado em uma arena tão hostil quanto pitoresca, na qual vários personagens potencialmente lunáticos e armados até os dentes digladiam no melhor estilo MadWorld. A propósito, alguns deles são mesmo remanescentes do título mais sanguinolento jamais lançado para o Wii.


Não por acaso, é claro. Anarchy Reigns é o primeiro título multiplayer online da desenvolvedora Platinum Games, a mesma que colocou nas prateleiras — também sob os auspícios da SEGA — Bayonetta, Infinite Space, Vanquish e, é claro, MadWorld. Um desafio? Certamente. Mas nada que uma boa dose insanidade, pancadaria e catástrofes ambientais não possa dar conta.





É claro que o caos materializado aqui também pode ser descrito de outra forma. Conforme colocou o produtor Atsushi Inaba em entrevista ao site Gamespot.com, “há tanta coisa acontecendo simultaneamente que nem sequer é possível descrever cada elemento isoladamente”.


De fato, é precisamente essa a impressão que fica quando você assiste o icônico Jack Cayman (MadWorld) serrando inimigos ao meio e arremessando carros, enquanto é acompanhado por outros personagens de igual calibre, como a inconfundível Mathilda — aquela mesma, a que tem espinhos onde... Bem, onde normalmente não existem espinhos. Caso ainda não seja suficiente, vale citar que bombas e criaturas colossais podem irromper no cenário sem aviso prévio. Aos detalhes...


A mais completa anarquia


Estritamente falando, Anarchy Reigns poderia ser descrito como um jogos de pancadaria online em terceira pessoa. E o cenário é tão clichê quanto convidativo: um mundo pós-apocalíptico — repleto, portanto, construções em ruínas e destroços que facilmente se transformam em armas nas mãos certas.


Mas a coisa toda acontece quando isso é posto em movimento. Organismos cibernético, mutantes ensandecidos, tsunamis, buracos negros e eventuais chuvas de bombas... Excluindo-se aparte dos “mutantes ensandecidos”, o que resta é chamado pelos produtores de ATE (algo como eventos ativados pela ação, na sigla em inglês).





Basicamente, é o que entra em cena para garantir o caos, caso carros arremessados e armamentos pesados não sejam o suficiente. E o elemento que garante o clima de imprevisibilidade dominante em Anarchy Reigns. Ou, de acordo com Inaba, um acontecimento que “pode mudar a situação completamente. Algo que pode ocasionar uma boa oportunidade”.


Mas instaurar o caos não é o único motivo para essas reviravoltas geradas pelo ambiente. Segundo o produtor, a ideia é ameaçar também o equilíbrio entre jogadores habilidosos e amadores. Basicamente, virar o mundo pelo avesso sem aviso prévio pode servir como uma oportunidade única para um azarão.





Ah, é claro. Existe também um modo campanha aqui. Eis o que afirmou a Platinum Games a respeito: “sim, existe uma história”. E é isso. Caso alguém ainda tivesse qualquer tipo de dúvida quanto à orientação predominantemente multiplayer.


Remanescentes de MadWorld... Com alguns adicionais


Anarchy Reigns traz uma turba de personagens mais ou menos humana, dependendo do nível de nanotecnologia utilizada para modificar seus corpos. Alguns aqui já são velhos conhecidos dos adeptos da sanguinolência de Mad World, enquanto outros fazem seu primeiro aporte no mundo dos games. Confira abaixo cada um dos geradores de caos:
Jack Cayman


Trata-se do controverso protagonista de MadWorld, cuja marca registrada é uma motosserra dupla capaz de causar muito... Muito estrago. Em Anarchy Reigns Jack é novamente dublado por Steve Blum.


Sasha


Basicamente, uma ninja com habilidades ligadas ao gelo, cuja principal arma leva o nome bastante natural de Snow Spikes, capaz de congelar e retalhar com um único movimento.


Zero
Um ninja cibernético com um par de catanas: Onimaru e Juzumaru.


Big Bull


Mais um egresso de MadWorld. Trata-se de um “cybrid” (ciborgue com cérebro humano), uma montanha de músculos capaz de provocar bastante estrago com o seu Jet Hammer.
Black Baron


Outro remanescente de MadWorld. Trata-se de um sujeitinho arrogantes que dispara bravatas enquanto utiliza sua principal técnica de ataque: Super Sexy Fists of Fire (?!)


Mathilda
Ah, a inesquecível Mathilda. Embora não ostente os mesmos trajes de MadWorld — que incrivelmente conseguiam tornar a coisa toda ainda mais imoral —, ela traz para Anarchy Reign uma ostensiva maça adornada de espinhos e capaz de disparar descargas elétricas.


Combate: Em algum lugar entre MadWorld e Bayonetta


Em relação ao sistema de combate, Anarchy Reign traz uma simplicidade ostensiva — cheia de manobra aéreas e movimentos exagerados — semelhante ao que se podia encontrar em MadWorld e Bayonetta.


Os combos são disparados através de sequências simples compostas por ataques leves, pesados e agarrões. Para tornar a coisa toda ainda mais fluida, há um comando para travar a mira nos oponentes — quer dizer, é só sair apertando botões o mais rápido que você puder. Mas é claro, cada personagem possui ainda uma gama de ataques exclusivos; uma mistura potencialmente destruidora entre armamento pesado e pancadaria pura.





Deathmatch, hordas e duelos até a morte


Entre os modos de jogo, Battle Royal possivelmente seja o mais insano. São oito jogadores arremessados para dentro de um cenário de grandes proporções em um esquema de “todos contra todos”.


Não que parecerias temporárias não sejam possíveis, é claro. Por exemplo, destroçar um oponente que já esteja apanhando de alguém — não, certamente não há espaço para espírito esportivo aqui. Mas sempre é possível colocar de uma forma mais bonita: “[os lutadores] podem cooperar uns com os outros a fim de suplementar as suas fraquezas”.





Ademais, o modo deathmatch ainda permite que dois personagens isolem-se em um “duelo até a morte”, e também há uma variação domo modo Horde de Gears of War, com dezenas e mais dezenas de inimigos arremessados ininterruptamente no cenário — coisas como mutantes gigantescos portando maças de concreto e soldados armados com lasers.


Enfim, mais “um jogo de luta”, conforme colocou o produtor Atsushi Inaba. Entretanto, a proposta interessante envolvendo personagens emblemáticos, catástrofes ambientais e sanguinolência sem limites parece perfeitamente capaz de fornecer novo fôlego para o estilo criado em MadWorld. É esperar para ver.


Anarchy Reigns tem lançamento previsto para o final do ano.

Magicka Vietnam

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Magias e napalm... No mesmo jogo?


Retratar a guerra do Vietnã em um jogo de video game não é das tarefas mais fáceis. Afinal, trata-se de evento histórico dos mais relevantes, acerca do qual ainda existe uma imensa carga de controvérsias. Como escapar disso? Simples: jogue magos potencialmente lunáticos no meio da coisa toda e espere para ver o que acontece.


Essa é exatamente a ideia de Magicka Vietnam, primeira expansão do cômico título da desenvolvedora Arrowhead Game Studios. Mas não entenda mal. A maior parte do que caracterizou o embate no Vietnã — pelo menos por parte da cultura popular — se faz presente aqui. Selvas extensas, muito Napalm e um clima de caos constante.


Mapa com upgrade


Uma das vantagens mais óbvias de Magicka Vietnam vem na forma de um novo e extenso cenário de jogo. O mapa aqui vem dividido em três seções, cada qual com objetivos específicos a serem cumpridos.


Mas em vias gerais, o objetivo aqui pode ser resumido em um só: atravessar a mata hostil para resgatar prisioneiros de guerra, cujos captores são Gobling Congs — um dos cinco novos inimigos presentes no jogo. Ah, sim. Vale lembrar ainda que os seus inimigos aqui abandonaram os machados e arcos para lançar granadas e disparar rajadas de metralhadora.


Vestidos para o combate


Embora ainda tragam as mesmas túnicas coloridas do jogo original, os magos de Vietnam incorporam um estilo mais de acordo com o tema do jogo, ostentando agora também capacetes e armadura.


Além disso, a sua equipe mágica ainda conta com 10 armas inéditas, uma delas o freedom staff — capaz de disparar granadas de “libertação” contra os inimigos, em uma forma bastante, digamos, prática de fazer valer a democracia. É claro que ainda há a possibilidade de convocar pesados ataques aéreos, caso isso faça mais o seu estilo.





Mas o tiroteio que compõe a maior parte do jogo se mantém satisfatório aqui. Até porque, para garantir a parte mais técnica de Vietnam, o pessoal da Arrowhead Game Studios arregimentou o experiente grupo da EA DICE, responsável por Battlefield: Bad Company 2 Vietnam. Mesmo os efeitos sonoros das armas passaram por uma cuidadosa revisão do estúdio.


Ademais, o bloqueio de ataques foi substituído pela habilidade de se abaixar e buscar cobertura. Embora isso traga alguma dor de cabeça contra alguns inimigos iniciais (afeitos ao combate corpo a corpo), a necessidade fica bastante clara quando os tiros de M16 e AK-47 começam a cortar o ar. Nesse momento, o negócio é encontrar uma pedra, um saco de areia ou construir a sua própria barreira.


Enfim, Vietnam parece ser uma proposta interessante de continuidade para o humor nonsense de Magicka. Quer dizer, todas as melhores características do jogo original estão aqui... Só que agora com a adição do Napalm! Magicka Vietnam deve ser lançado ainda em março.

Motorstorm: Apocalypse

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Sobreviva. Se possível, em primeiro lugar

Imagine que 2012 chegou, e todas as piadinhas se tornaram realidade. É realmente o fim do mundo, pelo menos para a cidade americana de West Coast. Abalada por uma série de desastres naturais, a antes próspera metrópole foi transformada em uma deserta montanha de destroços, depois que todos os habitantes evacuaram o local em busca de segurança.

Prévia em vídeo

Alguns persistentes, porém, insistem em permanecer na cidade. É possível pensar que eles não têm para onde ir e, já que perderam tudo, estão tentando reconstruir suas vidas. Ou talvez estejam em busca de comida ou realizando saques dos poucos objetos valiosos que restaram. Nenhuma destas alternativas poderia estar mais errada.

Em Motorstorm: Apocalypse, o objetivo da permanência dos lunáticos, como são chamados pelo próprio game, é a velocidade. O único objetivo dos participantes destas corridas mortais é chegar em primeiro lugar, não importa o que seja necessário fazer durante o percurso.

Mostrando a que veio

Uma demo do game foi disponibilizada no dia 8 de março, exclusivamente na PlayStation Network europeia. Mesmo contando com apenas um circuito e dois veículos, a versão para testes é uma exibição clara da disposição da Sony e do Evolution Studios: levar a franquia Motorstorm a patamares nunca antes alcançados.

Isso é obtido por meio da grandiosidade dos cenários, que contam com diversos caminhos a serem seguidos e muitos escombros como obstáculos. A pista é extremamente dinâmica e diversos objetos interagem na tela simultaneamente. Pedras, destroços, carcaças de veículos e até mesmo pessoas aparecem durante todo o tempo e, na maioria das vezes, representam um obstáculo para os jogadores.

Este dinamismo, porém, fica mais evidente no momento em que uma fábrica simplesmente desaba diante dos olhos do jogador, alterando completamente o caminho utilizado pelos pilotos. Nestes momentos, é possível assistir à destruição de camarote, ativando a câmera lenta com o botão L2.


Para todos os gostos

Os desenvolvedores também parecem dispostos a agradar diversos tipos de jogadores. Este desejo se torna evidente logo no início da demo, quando é possível escolher um tipo de controle. Enquanto algumas opções são feitas sob medida para aqueles que estão acostumados com games de corrida da atual geração, outras privilegiam os jogadores das antigas, com posicionamento de botões refletindo clássicos do gênero.

Este dinamismo, porém, fica mais evidente no momento em que uma fábrica simplesmente desaba diante dos olhos do jogador, alterando completamente o caminho utilizado pelos pilotos. Nestes momentos, é possível assistir à destruição de camarote, ativando a câmera lenta com o botão L2.

Para todos os gostos

Os desenvolvedores também parecem dispostos a agradar diversos tipos de jogadores. Este desejo se torna evidente logo no início da demo, quando é possível escolher um tipo de controle. Enquanto algumas opções são feitas sob medida para aqueles que estão acostumados com games de corrida da atual geração, outras privilegiam os jogadores das antigas, com posicionamento de botões refletindo clássicos do gênero.



Esta diferença entre perfis de usuário também é refletida nos dois tipos de veículo disponíveis na versão. O Super Car, primeiro deles, é voltado para jogadores que já têm certa experiência na pilotagem. Por ser mais pesado, o carro possui certa dificuldade nas curvas mais fechadas e exige que o jogador saiba dosar freio e aceleração para não acabar morrendo.

Para compensar esta falha, o veículo é mais robusto e, por isso, é capaz de passar por cima de muitos obstáculos encontrados em seu caminho. Isso inclui também as carcaças de oponentes batidos ou motociclistas desavisados que insistirem em cortar o jogador.

A Super Bike é o total oposto. Mais rápida, a moto é bem mais fácil de ser pilotada, além de poder passar por cantos muito apertados do cenário. O veículo também é capaz de permanecer por mais tempo no ar durante os saltos, dando ao jogador um pouco mais de tempo para planejar as ações que serão tomadas a seguir.



Por outro lado, o corpo do motociclista está completamente desprotegido, tornando-o extremamente vulnerável. Desta forma, é preciso tomar mais cuidado com os obstáculos pelo caminho. Os oponentes, a bordo de carros, também se aproveitam dessa fraqueza e tentam espremer o jogador entre dois veículos, ou atirá-lo dos penhascos sem dó.

Outra característica interessante é o turbo semi-infinito, que pode ser utilizado diversas vezes durante toda a corrida. É preciso ficar atento, porém, ao nível de aquecimento do veículo. Caso o nitro fique ativado por tempo demais, o carro acaba explodindo, causando o efeito contrário do desejado com sua utilização.

Motorstorm: Apocalypse chega em 12 de abril, exclusivamente para o PlayStation 3.

Dungeon Siege III

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Uma aposta no estilo clássico

RPGs tradicionais são um gênero cada vez mais restrito, e muitas fórmulas não têm sobrevivido aos efeitos do tempo. Enquanto a maioria das franquias do gênero busca se atualizar, a Obsidian caminha na direção contrária e, com Dungeon Siege III, quer provar que ainda há espaço para o bom e velho hack’n’slash.

Ao assumir a franquia e tomar a decisão de levá-la para os consoles, a Obsidian optou por um caminho tortuoso e, por que não, interessante. Manteve todas as características clássicas da série e trabalhou pela tangente, adicionando uma trama mais elaborada e um sistema no qual as escolhas do jogador alteram o alinhamento dos companheiros de equipe.



Na história, o antes soberano e pacífico reino de Ehb foi dividido após uma conspiração política, na qual os membros da 10th Legion foram acusados do assassinato do rei. Sob as ordens de Jeyne Kassynde, a maligna herdeira do trono, os antigos heróis foram caçados e dizimados. Lucas, o personagem principal, é o único capaz de reunir a Legião e reestabelecer a paz no local.

Agradando os companheiros

Apesar de ainda não ter revelado muitos detalhes sobre este aspecto, a Obsidian afirma que o sistema de “escolhas e consequências” será uma das novidades que mais atrairão os fãs. Agora, o jogador conta com uma variedade de respostas e ações possíveis, que podem ser tomadas em momentos específicos.


Estas decisões, apesar de não afetarem diretamente o curso da história, podem alterar a forma como os companheiros de combate enxergam o personagem principal e, sendo assim, modificar seu comportamento durante as batalhas. Caso tenha um desafeto no grupo, não espere que ele tenha o seu resgate como prioridade durante uma guerra mortal.

Para investir ainda mais no aspecto social, Dungeon Siege III contará também com um modo cooperativo online, no qual até quatro guerreiros poderão se unir para batalhar lado a lado.

Vá para cima
Um dos principais focos de Dungeon Siege III está nos combates. Como na maioria dos games do gênero, o jogador se verá frente a frente com diversos inimigos ao mesmo tempo. A diferença é que, no título, os oponentes atacam de maneira mais ordenada: enquanto alguns partem para o confronto direto, outros preferem manter distância, utilizando arcos ou outras armas para atingir o personagem de longe.

Isso exige que o jogador também pense no que está fazendo, alternando entre golpes físicos e disparo de magias no momento oportuno. Este fator é maximizado pelo sistema de evolução de habilidades, que permite ao jogador se especializar em diversas características ou criar um guerreiro balanceado, aprimorando todos os aspectos de maneira similar.

Também é possível mudar rapidamente entre o tipo de arma utilizada, privilegiando tipos diferentes de ataque de acordo com a situação. Esta característica também permite que o jogador personalize seu estilo de combate, utilizando um personagem mais rápido, com apenas espada e escudo, ou preferindo a força bruta, com armamentos mais pesados e nenhuma defesa.


Como já era de se esperar em games deste tipo, inimigos mortos deixam objetos para trás. O loot pode conter diversos artigos, como dinheiro ou itens de cura. O inventário do personagem não é ilimitado, por isso, o jogador deve aprender a gerenciá-lo, coletarndo apenas o que julgar necessário e deixando no chão os artigos inúteis.

Dungeon Siege III será publicado pela Square Enix e tem data de lançamento marcada para o dia 27 de maio de 2011. O game estará disponível para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

Download Vol. 52 mangás Naruto

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Fala galera, abaixo vai o link para download do volume 52 dos mangás de Naruto.


Link vol. 52 Naruto:


http://www.narutoproject.xpg.com.br/imgs/mangas/manga_down.png
Créditos: Naruto Project


Vlw!!

L. A. Noire

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Em quem você confia?

L. A. Noire dispensa apresentações. O título da Rockstar em parceria com a Team Bondi já é visto como um dos games mais aguardados de 2011, exatamente por se tratar da nova produção do estúdio que deu vida a Grand Theft Auto e Red Dead Redemption.

É claro que a expectativa não se dá somente pela tradição da desenvolvedora, mas também por tudo aquilo que ela promete oferecer ao jogador. Se as poucas novidades divulgadas até agora já causaram um grande alvoroço na comunidade gamer, o que dizer do momento em que teremos o jogo em mãos?

O grande destaque de L. A. Noire é a tão comentada tecnologia de captação facial, batizada de Motion Scan. Você já viu aqui no Baixaki Jogos como esse novo recurso funciona tecnicamente, mas só agora temos mais detalhes do quanto isso vai influenciar na jogabilidade.


Demônios na cidade dos anjos

Como você bem deve saber, o título se passa nos Estados Unidos no fim da década de 40, uma época em que o país sofria com uma grande onda de violência. É nesse contexto que encontramos Cole Phelps, um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial que acaba de entrar no Departamento Policial de Los Angeles.

Ao contrário do que acontece nos principais games da Rockstar, nós não controlamos um personagem que vive na criminalidade. Embora toda a corporação esteja afundada na corrupção, Phelps mantém sua dignidade e procura limpar a cidade do tráfico de drogas e demais delitos que infestaram o município.


Para isso, ele precisa crescer dentro da polícia e provar que é um oficial digno de confiança. Em outras palavras, o jogador precisa subir na hierarquia do batalhão a ponto de que os demais guardas o respeitem e o ajudem. O único modo de conseguir essa façanha é mostrando eficiência. É aí que a jogabilidade entra em cena.

Um jogo hollywoodiano

Até agora, a Rockstar não divulgou muita coisa sobre o enredo de L. A. Noire. Tudo o que se sabe é o período histórico em que o game se passa e que o protagonista terá de investigar diversos casos, que vão do simples roubo a grandes e misteriosos assassinatos.


Por outro lado, alguns sites internacionais – como é o caso da Gamespot – puderam experimentar uma pequena demonstração do título. Ainda que nenhuma nova informação sobre a trama tenha sido divulgada, algumas pistas foram encontradas e indicavam uma possível ligação entre alguns dos casos mais bizarros de Los Angeles.

A demo inicia com uma animação que mostra alguém (cuja identidade não é revelada graças à iluminação precária do local) espancando uma mulher até a morte. Então avançamos algumas horas e vemos um grupo de policiais analisando o local do crime enquanto procuram pistas e isolam o perímetro. É nessa hora que Phelps aparece.

Se a situação já parecia ser desagradável o suficiente apenas por haver um cadáver por perto, tudo fica pior quando o detetive descobre que a moça fora encontrada nua e com uma estranha mensagem escrita com batom em sua pele morta. Um dos guardas presentes então surge e traz algumas informações relevantes sobre o caso, como o fato de ferimentos característicos indicarem que aquilo se trata da ação do serial killer Werewolf.

Essa foi a forma que a Rockstar encontrou de situar o jogador em meio ao mar de detalhes prévios de cada crime. Com algumas explicações dadas por personagens não jogáveis, o usuário logo entende tudo o que aconteceu e já passa a ter noções do que deve procurar.

A partir disso, você passa a ter controle de Phelps e inicia seu trabalho como policial. A primeira ação é analisar o cadáver em busca de outras pistas. Investigações como essa oferecem um sistema diferenciado de comando: a tela foca a imagem em uma determinada parte do corpo e o jogador deve passear seus olhos em busca de algo suspeito. Caso encontre alguma evidência, o controle vibra e você passa a interagir com a descoberta.

Após isso, é possível movimentar-se pelo cenário em busca de novas informações. Vários objetos e elementos foram destacados previamente pelos guardas, o que facilita a busca. Caso você se perca ou não saiba o que fazer, esses itens iluminam-se automaticamente e indicam por que caminho é preciso seguir.


Em locais em que não há demarcação de pistas como no cenário da demo, a ferramenta utilizada para facilitar a vida do detetive é o áudio. A solução encontrada foi tirar a música de fundo – o que já torna tudo muito mais tenso – e emitir um pequeno efeito sonoro quando algo parecer suspeito. Além disso, seu parceiro também vai ajudá-lo a procurar pistas.

Para confiar, olhe nos olhos

Em outro ponto, Phelps e seu parceiro visitam uma ocorrência que pode estar relacionada ao primeiro crime. No local, outra mulher é encontrada nua e com mensagens escritas em seu corpo com um batom. A diferença, entretanto, é que há uma carta do assassino que dá dicas de quem será a próxima vítima, o que faz com que o detetive procure a moça o mais rápido possível.

Ao encontrá-la, inicia-se o que parece ser uma das partes mais divertidas de L. A. Noire: a interrogação. Com a perspectiva em primeira pessoa, temos uma visão privilegiada do rosto do suspeito e percebemos o quanto o novo recurso tem a oferecer à jogabilidade.

Para começar, você deve fazer uma pergunta. Existem várias opções de questionamentos a serem feitas, o que vai fazer com que o réu comece a responder. E é aí que o Motion Scan entra em ação.


Como acontece com todos nós, cada fala gera um comportamento diferente em nosso corpo, principalmente em nosso rosto. O mesmo pode ser dito com os sentimentos, principalmente a mentira. Ao perguntar algo comprometedor, é preciso procurar indícios de ações que possam denunciar uma mentira. Suor, desvios de olhar e até mesmo alguns cacoetes são apenas alguns exemplos de efeitos oferecidos pela tecnologia e que devem ser identificados pelo jogador.

De acordo com o Gamespot, saber se os personagens estão ou não mentido é algo relativamente fácil, afinal a reação é claramente perceptível. Contudo, a grande dificuldade está em como fazer com que isso venha à tona, já que o indivíduo vai tentar fugir do assunto de qualquer forma. Caso falhe em suas deduções, a “premiação” no final da missão será menor e ficará mais difícil subir na hierarquia da corporação.


A partir disso, Phelps deve seguir com o interrogatório. Após a resposta do suspeito, é possível definir se vai acreditar no que foi dito, expressar dúvida ou esfregar a verdade na cara do mentiroso com alguma evidência encontrada anteriormente. Isso faz com que L. A. Noire tenha uma leve semelhança com a mecânica de depoimentos vista na série Phoenix Wright, do Nintendo DS, principalmente por conta de utilização de provas que contestem o testemunho.

Partindo para a ação

É claro que a Rockstar não ia colocar o foco do jogo apenas nos diálogos e na observação. Como já é de costume em seus jogos, L. A. Noire traz um mundo aberto a ser explorado e de um modo que todos os gamers já estão acostumados a ver.

Em um primeiro momento, por exemplo, o protagonista precisa enfrentar alguém no mano a mano. Sem poder usar suas armas, o jogador deve utilizar apenas socos e golpes físicos para acabar com o adversário. Para isso, o estúdio optou por trazer um sistema bem semelhante ao visto em Red Dead Redemption.

A parte mais divertida vem em seguida: as perseguições. Aqui, o padrão estabelecido é o já cultuado modelo de GTA, ou seja, total liberdade para andar pelas ruas de Los Angeles. Por ser um policial, você pode pegar qualquer carro que esteja na rua para o exercício da lei. No entanto, abusar desse privilégio vai despertar a ira da população.

Enquanto você dirige loucamente atrás dos foragidos, seu parceiro permanece pendurado na janela tentando atirar nos pneus do veículo à sua frente. Assim como em Grand Theft Auto, você deve evitar causar acidentes, principalmente para não perder o suspeito de vista. O problema é que os veículos da década de 50 não são tão velozes e é preciso certa destreza para escapar de um engavetamento.

L. A. Noire chega ao PlayStation 3 e Xbox 360 em 17 de maio.
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