Red Dead Redemption

Sele a montaria, carregue a espingarda e junte-se a gangue!

Imagine Grand Theft Auto ambientado no Faroeste estadunidense, agora extrapole os limites “criminosos” da franquia GTA e você terá Red Dead Redemption. A continuação de Red Dead Revolver, título que acabou passando meio despercebido no PlayStation 2, está selando as montarias para uma cavalgada de sucesso.

A flexibilidade moral dos heróis da Rockstar é uma marca registrada da desenvolvedora, entretanto Red Dead Redemption promete ir muito mais fundo, trazendo para os video games a fronteira sem lei do Velho Oeste, onde homens transitavam livremente entre o banditismo, o heroísmo e a vida simplória.

Mas tudo isso é apenas o começo, pois o modo multiplayer promete ainda mais aventuras, tiroteios e cavalgadas pelos desertos, pradarias e cidades norte-americanas do século XIX — durante a expansão da fronteira dos Estados Unidos e os avanços até o Pacífico.

Rumo a fronteira

A Rockstar San Diego — estúdio responsável pelo desenvolvimento de Redemption — compreendeu que o jogo é diferente dos outros jogos de mundo aberto e, portanto, necessitava de um estilo de jogo multiplayer diferenciado.

Calma, se você é um daqueles jogadores puristas não há o que temer, o novo Red Dead deve atender a todos seus desejos com as tradicionais modalidades de jogo multiplayer que você espera encontrar em qualquer título do gênero. 

 

Todavia, se você está disposto a aventurar-se pelo oeste selvagem, a Rockstar preparou uma fronteira inóspita para ser devidamente explorada e conquistada. A ideia por traz da nova empreitada da Rockstar é justamente a oferecer o mundo aberto como cenário real de jogo.

Quem já jogou o multiplayer de GTA IV deve ter percebido que a Liberty City, por mais cosmopolita que seja não é realmente explorada nas partidas com vários jogadores simultâneos. Em suma, você escolhe a modalidade de jogo e é transportado para o ambiente de jogo (a cidade no caso).

Em Red Dead Redemption o mundo, inclusive o das partidas multiplayer, é aberto. Portanto, se você está cavalgando pelo deserto e encontra outros jogadores esse é o ponto de partida para um duelo, ou quem sabe para a formação de uma equipe, que por sua vez poderá embarcar em outras aventuras pelo ambiente de jogo (constituído pelas áreas de Nuevo Paraiso, Port Elizabeth e New Austin).

E quando a equipe de produção diz mundo aberto eles não estão brincando, haja vista que você pode explorar todo o conteúdo (salvo as missões do modo single player) disponível no jogo. Em outras palavras, você pode caminhar pelas cidades, cavalgar pelas planícies, caçar nas montanhas, perseguir bandidos, fugir da polícia, ou simplesmente admirar o por do sol no deserto.

Posse comitatus

Para evitar o caos e organizar um pouco esse mundo aberto, Redemption contará com um sistema de emparceiramento. Inspirado nas antigas milícias (em inglês, posse) estadunidenses — organizadas pelos xerifes do Velho Oeste — o sistema permite que o jogador alie-se a grupos de até oito jogadores (totalizando 16 usuários simultâneos no cenário de jogo), designando um líder que comandará a equipe e determinará as ações do grupo.

 

O líder pode marcar pontos de interesse (waypoints) que ficaram registrados nos mapas de todos os membros da sua milícia, sendo que os membros que afastarem-se demais do grupo poderão ser “transportados” instantaneamente para a posição mais próxima do líder. 

Essa é toda a extensão da ordem proposta pelo sistema, já que não há nenhum código de conduta entre os jogadores que ocupam o cenário. Assim, se você quiser o seu bando pode pender tanto para o lado da lei como para o lado do crime. Caçar bandidos ou espalhar terror pelo oeste fica a critério do jogador.

Mesmo sem a antecipação de Mass Effect 2, Final Fantasy XIII e God of War 3, o jogo tem apresentado alguns conceitos interessantes que devem surpreender a todos quando o título chegar às lojas. Red Dead Redemption está chegando de forma sorrateira, mas promete queimar muita pólvora quando foi lançado em 18 de maio.