BlogBlogs.Com.Br

Metal Gear Solid HD Collection

|

Um pacote um pouco menor, mas com o selo de qualidade Kojima

A qualidade dos dois títulos presentes na versão do PlayStation Vita coletânea da série Metal Gear Solid é indiscutível. Se existe algo semelhante a um cânone dos video games, certamente Sons of Liberty e Snake Eater ocupam um lugar de destaque dentro dele.

Sabendo disso, não é de se estranhar que o simples anúncio de uma coletânea em alta definição destes jogos tenha sido suficiente para causar comoção entre o público. A versão dos consoles de mesa chegou antes, em outubro de 2011, e foi muito bem recebida. Mas será que os games obtém o mesmo desempenho no novo portátil da Sony?

Além da incerteza em relação aos gráficos nesta versão, uma das grandes dúvidas a respeito desta coletânea se refere aos controles. Será que é possível adaptar a experiência desenvolvida no DualShock do PlayStation para o Vita? A resposta você confere logo abaixo.
Aprovado

Jogue até cansar


Além de apresentarem campanhas extensas e empolgantes, os dois títulos presentes nesta coletânea oferecem muito conteúdo extra, suficiente para mantê-lo jogando por meses. Tudo isso graças à escolha pela inclusão das versões Substance de cada jogo.

Em Metal Gear Solid 2, por exemplo, há um pacote completo de VR Missions (missões virtuais de treinamento) que irão exigir toda a sua habilidade para serem completadas, além dos Snake Tales (uma série de episódios que funciona como uma campanha alternativa do jogo, com Solid Snake como protagonista).


 
Já Metal Gear Solid 3, por sua vez, traz como extra os dois primeiros games da série Metal Gear lançados na década de 80 para o MSX. Mesmo com gráficos do passado, os dois jogos são verdadeiras relíquias e ajudam a compreender ainda mais a intrincada história da franquia.

Além de todos esses bônus, tanto Sons of Liberty como Snake Eater também oferecem diversos segredos escondidos suas campanhas principais – algo capaz de incentivar os mais obcecados em aproveitar cada detalhe.

Menos recursos, soluções criativas e funcionais

Apesar de apresentar inovações em relação ao PSP (como a introdução de um segundo analógico, assim como de uma touchscreen e do touchpad traseiro), o PlayStation Vita não dispõe de algumas funções apresentadas pelo DualShock (controle para o qual os games originais foram desenvolvidos).


 
Em um primeiro momento, a característica mais notável desse aspecto é a ausência dos gatilhos, utilizados nos consoles para a troca rápida de armas e equipamentos – uma função essencial para o sucesso em Metal Gear Solid.

Felizmente, no entanto, a Kojima Productions conseguiu resolver essa e outras questões muito bem com os recursos do Vita. A troca de equipamentos, por exemplo, foi resolvida com toques na tela – uma solução diferente do tradicional, mas muito funcional.

Já ações acionadas nos consoles de mesa pela sensibilidade à pressão dos botões do joystick (como alguns golpes do sistema CQC de Metal Gear Solid 3), foram adaptadas para o touchpad traseiro. Quer cortar a garganta de um oponente preso? Basta fazer um risco vertical na parte de trás do portátil. Deseja utilizar o sonar? Apenas equipe-o e toque no touchpad para acioná-lo. Tudo bastante simples e fácil de assimilado.

 

Não é exatamente HD, mas é bonito

Metal Gear Solid HD Collection recebeu esse nome nos consoles por levar jogos lançados no PlayStation 2 e no PSP para a alta definição. Quando uma versão para o PlayStation Vita foi anunciada, no entanto, surgiu a dúvida: como pode uma HD Collection aparecer em um console que não suporta definições em HD?

De acordo o site Digital Foundry, a resolução original de Sons of Liberty e Snake Eater no PlayStation 2 era de 512x448 pixels, com o hardware do console adaptando isso para 640x448. No PlayStation Vita, os dois jogos rodam a 720x448 – uma resolução abaixo da nativa do portátil (de 960x554), mas acima da adotada originalmente pela Konami.

        

Mesmo assim, isso já é suficiente para agradar bastante os olhos do jogador. Dentro das capacidades do console, os dois games da coletânea são muito bem apresentados e fazem bonito na tela OLED do portátil, com cenários igualmente detalhados e personagens modelados cuidadosamente.

Jogando em qualquer lugar

Um bônus para quem tem a versão do PlayStation 3 da coletânea, o sistema Transfarring permite aos jogadores continuar uma partida iniciada em um video game em outro. A transferência é bastante prática e pode ser realizada por meio de um cabo de ligação entre os consoles ou pelas nuvens. Além disso, para os dedicados em platinar jogos, os troféus obtidos em um console também são transferidos para a outra versão. Quer algo melhor?



Cadê o Peace Walker?

Disponível na versão dos consoles, Metal Gear Solid: Peace Walker, lançado originalmente para o PSP em 2010, ficou de fora do Vita. Como a versão original do game é compatível com o novo portátil da Sony, a Konami deve ter cortado o jogo fora da coletânea para economizar espaço e poder continuar vendendo o título original (que custa US$ 15 na PSN norte-americana).

 

Os fãs da série que não conhecem Peace Walker, no entanto, perdem a oportunidade de aproveitar as novidades do jogo. Desse modo, é triste dizer adeus à melhoria gráfica (a mais notável entre os três títulos presentes na coleção dos consoles) e aos troféus, inexistentes no PSP.
 
Vale a pena?

Sedenta por lançamentos, a biblioteca do PlayStation Vita recebe muito bem a chegada de Metal Gear Solid HD Collection. Afinal, a coletânea oferece dois grandes títulos que, mesmo produzidos há alguns anos, apresentam um nível de qualidade superior a muitos lançamentos atuais.

 

Big Boss no clima da Eurocopa 2012 mesmo com a ausência de Peace Walker, a adaptação para o portátil se comportou muito bem graças aos controles funcionais, gráficos agradáveis e, é claro, a solidez das tramas de Sons of Liberty e Snake Eater, duas das histórias mais cheias de detalhes já vistas nos video games.

É difícil recomendar o jogo, no entanto, para quem já tem a coletânea no PlayStation 3 e deseja desfrutar do Transfarring. Por mais funcional e prático que seja, não vale a pena gastar R$ 220 nas duas versões da coleção apenas para aproveitar o sistema. Ainda assim, se você comprou um PlayStation Vita e não tem a coletânea em outros consoles, este pode ser um bom investimento para manter o seu portátil ocupado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails