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Watch Dogs

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Um show de gráficos em um mundo aberto e altamente conectado

Aqueles que puderam acompanhar a cobertura da E3 2012 no BJ devem ter visto, entre apresentações de novos recursos e até do próximo console da Nintendo, muitos trailers de games. Um deles em especial foi considerado uma grande revelação e chamou muito a atenção do público: Watch Dogs.

O game foi apresentado durante a conferência da Ubisoft e deixou os espectadores, no mínimo, boquiabertos. Além de gráficos que parecem ir além da capacidade da atual geração, o vídeo de quase dez minutos pôde demonstrar aspectos-chave da jogabilidade e também do universo de Watch Dogs.

Um mundo aberto e altamente conectado

A primeira característica que pudemos notar no trailer foi a liberdade com que o personagem principal, Aiden Pierce, podia andar pelas ruas de Chicago. Logo nota-se que se trata de um jogo em mundo aberto, algo parecido com a mecânica “Sandbox” dominada pela Rockstar.

A trama se passa em um futuro próximo, em que as maiores cidades dos Estados Unidos passaram a ter todo o controle da sua infraestrutura centralizado em um único “sistema operacional”, chamado de ctOS. Dessa forma, todos os aspectos da cidade, desde as câmeras de vigilância até a rede elétrica, estão sob o controle direto dos órgãos administrativos.

Mais do que controlar a cidade, o ctOS também transformou as próprias pessoas em um gigantesco cluster de processamento. Os dados pessoais de cada cidadão, bem como os seus pensamentos e crenças, estão acessíveis através do sistema operacional. Confira o trailer de introdução acima para entender um pouco mais sobre essa integração digital.

Supostamente, o protagonista do jogo se distingue dos cidadãos ordinários justamente por ser um hacker capaz de invadir esse elaborado sistema e usá-lo a seu favor. Quando necessário, Aiden pode usar seu gadget portátil para interferir na ordem de semáforos, acessar o vídeo de câmeras de vigilância, entre outras façanhas.



É possível perceber que os desenvolvedores tiveram um cuidado especial sobre como o jogador pode interagir com a rede, sendo que cada item “controlável” tem suas opções mostradas em uma espécie de realidade aumentada. Claro que você também pode usar armas de fogo ou mesmo dirigir perigosamente, mas boa parte da jogabilidade com certeza estará focada em hackear e moldar o mundo à sua volta para atingir seus objetivos.

Agente no mundo digital

Os indivíduos que habitam a cidade de Watch Dogs têm características muito mais ricas do que as dos “bots” de GTA. Cada pessoa possui algo chamado de “sombra digital”, termo que define a soma dos dados pessoais, padrões de comportamento e até crenças, que também estão sob domínio do ctOS.

Aiden, que parece atuar como um agente (ou assassino) para algum tipo de organização, pode acessar essas informações e usá-las a seu favor ao rastrear um alvo. Particularidades como a profissão e até o salário de cada pessoa aparecem na sua tela, bem como a probabilidade de ela tomar atitudes agressivas contra você.



Porém, o trailer também mostra que há momentos em que você precisa deixar a postura sorrateira de lado e partir para a violência. O jogador pode usar uma variedade de armas de fogo, executar alvos com golpes furtivos e até usar o terreno como cobertura durante as batalhas em terceira pessoa.

Depois de causar uma verdadeira baderna em um confronto armado no meio da rua, o protagonista ainda acaba sendo percebido pelas autoridades. Isso mostra que, assim como acontece com Assassin's Creed e GTA, você também vai precisar manter a discrição e fugir da polícia de vez em quando. Felizmente, levantar pontes levadiças faz parte do seu repertório de truques.

 

Em entrevista com o Eurogamer, o produtor Dominic Guay explica que não existe apenas um caminho a ser tomado durante uma missão. “Nós poderíamos ter eliminado Demarco (o alvo de Aiden no trailer) de centenas de maneiras diferentes. Sabíamos que ele estava vindo, então poderíamos ter esperado por ele no estacionamento para pegá-lo lá. Poderíamos tê-lo derrubado de uma daquelas pontes levadiças ainda na rua”, justifica.

Dominic também revela que nem mesmo as suas missões são atribuídas de maneira linear. Como você tem acesso ao dossiê de cada cidadão, é possível identificar um assaltante ao acaso pelas ruas, deixando você livre para decidir se quer segui-lo ou não. Em casos como esse, a sua escolha pode repercutir em consequências no futuro.

Gráficos da próxima geração

Também não pudemos deixar de notar quão bonito está o visual de Watch Dogs. A Chicago mostrada no trailer é altamente detalhada e muito bem desenhada, bem como o aspecto do personagem principal e das demais pessoas. Destaque para os filtros e iluminação que pareciam conseguir mostrar com precisão o pôr do sol depois de um dia gelado.



A física também não desaponta, sendo que até o lixo espalhado nas ruas é arrastado depois de uma rajada de vento. As roupas e o andar do personagem também transmitem uma boa sensação de peso. Apesar de parecer estar além da capacidade da atual geração, a Ubisoft já garantiu que Watch Dogs está sendo produzido com foco no Xbox 360, PlayStation 3 e PC, mas sem descartar a possibilidade de um relançamento nos video games futuros.



Apesar da promessa, ainda é bastante dubitável se os atuais consoles da Sony e Microsoft serão capazes de rodar o game com a mesma qualidade gráfica vista no vídeo. Mesmo que isso não seja possível, nossas expectativas em relação a esse brilhante título da Ubisoft continuam altas. Watch Dogs tem lançamento programado para algum momento de 2013, ainda sem uma data certa.

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