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Beyond: Two Souls

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Uma montanha-russa emocional nos aguarda

Quando Beyond: Two Souls foi revelado na E3 2012, o mundo já sabia o que esperar do novo jogo da Quantic Dream. A empresa, responsável por games como Indigo Prophecy (também conhecido como Fahrenheit) e Heavy Rain, sempre apresentou jogos que gostam de beber na fonte do cinema, mostrando histórias mais voltadas para o psicológico do que para a ação desenfreada.

Com as primeiras demonstrações de Beyond para a imprensa especializada, já é possível dizer que as expectativas em relação ao título não só estão certas como podem ser superadas com facilidade.



Em uma apresentação em Paris, David Cage, o diretor do jogo, respondeu algumas perguntas e revelou um pouco mais do título, que pode ser um dos mais impressionantes na história do PlayStation 3.

A grande estrela do jogo é a história

Nós estamos acostumados com games em que a história nos coloca no controle de um personagem que, por sua vez, nos faz “viver” as ações que se passam na tela. São poucos os títulos que em vez de usar essa identificação, contam uma história que nos faz nos importar com um personagem de um modo mais emocional, como acontece em diversos filmes.



Beyond: Two Souls tem tudo para ser um jogo do segundo grupo, tendo um foco muito maior na sua história e como poderá mexer com o emocional dos jogadores, preferindo não ser um game cheio de momentos em que sua habilidade com o joystick define tudo.

A trama de Beyond: Two Souls está sendo revelada aos poucos pela Quantic Dream. O título mostrará Jodie, uma jovem interpretada pela atriz Ellen Page, desde os seus oito anos de idade. Jodie está ligada a uma entidade extracorpórea chamada Aiden. Essa ligação é a base para a mecânica do gameplay do jogo.

Ainda não se sabe exatamente quem é Aiden, apesar de David Cage tê-lo chamado de “fantasma” e ter desconversado em seguida, para evitar soltar algum spoiler. Segundo Cage, Beyond é um jogo sobre crescer, sobre como eventos da nossa vida podem moldar as pessoas que nós somos, sobre a vida e a morte. Palavras de efeito, mas que parecem mostrar a direção que a Quantic Dream seguiu durante a produção.



O jogo deve mostrar Jodie desde a sua infância até sua vida adulta, chegando ao estado abatido e com a cabeça raspada que vimos em trailers. Um dos estágios, mostrado para jornalistas em Paris, apresenta a personagem desabrigada, morando na rua.

Essa parte, que foi solicitada para não ser descrita pelos profissionais, parece ter acertado o tom desejado, já que relatos apontam que todos ficaram emocionados com as cenas, chegando a gerar aplausos quando a demo chegou ao fim.

Um novo jogo. Uma nova engine

Muitos achavam que Beyond: Two Souls usaria a mesma engine de Heavy Rain, último projeto da Quantic Dreams, mas com algumas atualizações. Isso foi desmentido por David Cage, que contou que a engine do título foi criada do zero, revelando que ela traz novidades que só foram possíveis criar graças ao PlayStation 4.



Cage contou que a Quantic Dreams teve acesso ao kit de desenvolvimento do novo console da Sony desde os primeiros estágios, o que possibilitou que a empresa criasse uma engine nova para ele. O curta-metragem Kara, lançado no ano passado, usou essa tecnologia.

Quando os desenvolvedores perceberam o poder do novo video game e o que poderiam fazer com ele, experimentos começaram a ser conduzidos e logo foi possível notar que uma versão da engine poderia ser transportada para o PS3, levando o console ao seu limite. É por isso que Beyond parece, em algumas imagens, como um jogo da nova geração.

O fim dos QTEs? Quase
Segundo David Cage, Beyond: Two Souls não terá quick time events, pelo menos não da maneira como estamos acostumados. Se você jogou Heavy Rain, sabe que, para toda ação mais agitada, apareciam instruções na tela para que você soubesse o que deveria fazer. Isso não existirá no novo game.



A ideia é que o jogo se apresente de maneira mais intuitiva aos jogadores, trazendo apenas as informações necessárias. De acordo com Cage, Beyond: Two Souls terá tantos QTE quanto títulos como Tomb Raider e Uncharted 3.

Isso deve gerar diferenças na mecânica do jogo, que terá uma mistura de comandos com os analógicos do DualShock 3 durante momentos específicos. Esses momentos geralmente serão apresentados em câmera lenta, mostrando quando o jogador deverá ficar alerta para jogar.

Aiden, o fantasminha camarada

Apesar do subtítulo cretino, Aiden deverá ser um dos destaques de Beyond. Durante o jogo, você normalmente controlará Jodie, vendo tudo através de câmeras em terceira pessoa. Quando necessário, você pode mudar para Aiden, a entidade que anda com a personagem.

Essa mudança é traduzida pela mudança de visão, que agora se tornará em primeira pessoa. Com Aiden, é possível atravessar paredes, empurrar objetos, mostrar flashbacks de acontecimentos vivenciados por cadáveres e dominar o corpo de pessoas vivas. Durante as demonstrações para a imprensa, isso ficou bem claro durante a demo que mostra Jodie, ainda criança, sendo objeto de experimentos.

O vídeo, este que você vê logo acima, mostra como o jogo deve se comportar na sua versão final, mesmo Beyond: Two Souls estando ainda entre as fases Alpha e Beta de desenvolvimento.

O jogo mais ambicioso da Quantic Dreams

Durante a apresentação para os jornalistas, David Cage revelou que Beyond: Two Souls é o maior projeto de captura de movimentos para um game até o momento. Foram necessários 12 meses para gravar todas as 23 mil animações únicas dos mais de 300 personagens.

Segundo Cage, isso aconteceu para evitar o uso de “stock footage” no jogo. Na maioria dos games, é usado um banco de dados com animações básicas, como abrir uma porta. Sempre que ela precisa ser aberta, aquela animação é ativada. A Quantic Dreams não queria aquilo para o seu projeto.



De acordo com os desenvolvedores, a ideia é que cada animação vista corresponda àquela cena. Todos os movimentos, atuações e vozes foram gravados durante a captura, proporcionando uma experiência mais completa.

Todos esses detalhes devem fazer com que Beyond: Two Souls também seja maior que Heavy Rain em sua duração. Apesar de o título ainda não ter sido finalizado, espera-se que ele tenha entre 12 e 15 horas de gameplay. Isso deve acontecer devido à maior ênfase em exploração de cenários do que a vista no jogo de 2010.

Beyond: Two Souls deve chegar às lojas apenas em outubro, o que pode fazer com que ele consiga evoluir ainda mais ou ser um game diferente desse apresentado à imprensa. Mesmo assim, fica difícil não se empolgar com este que deve ser um dos títulos mais aguardados pelos donos de PlayStation 3.

Fonte:http://www.baixakijogos.com.br/ps3/beyond-two-souls/previas/10174

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