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Crysis

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Que tal encarar Crysis sem um supercomputador?

Crysis está de volta. Quatro anos após o seu primeiro lançamento, o game que fez muito computador poderoso arriar finalmente deve provar que, a despeito do que sempre foi sustentado, é possível conseguir um nível similar de qualidade gráfica também nos consoles. Entretanto, isso provavelmente não responde uma pergunta bastante simples: por que agora?

Bem, possivelmente porque a maioria dos mortais não chegou a experimentar a versão original em toda a sua extensão. “Embora Crysis tenha sido lançado a mais de quatro anos, muitas pessoas ainda o veem como um game que não pode ser encarado sem um PC de alta performance”, afirmou o presidente da Crytek, Cevat Yerli, em entrevista ao site Gamespot.



Ele continua: “dessa forma, muitas pessoas não tiveram a chance de experimentar o Crysis original da primeira vez. Com o desenvolvimento da CryEngine 3, nós aperfeiçoamos a tecnologia de uma forma que nos permitiu levar Crysis até os consoles sem comprometer a experiência e ainda garantindo algumas melhorias em relação à jogabilidade original”.

Segundo Yerli, o novo motor gráfico trouxe consigo novas possibilidades para lidar com texturas e sombras, sem as quais teria sido impossível realizar a conversão. “Além disso, nós remasterizamos partes de Crysis para utilizar melhor as texturas que temos, e também adicionamos um sistema de iluminação completamente novo e, em alguns casos, novos efeitos especiais de ponta.”

Os controles da nanosuit

Melhorias gráficas à parte, não se pode negar: visuais recauchutados provavelmente não seriam suficientes para fazê-lo gastar seus tostões com um título relativamente antigo. Há mais coisas? Naturalmente. Por exemplo, a Crytek resolveu remapear os controles do Crysis original para torná-los mais intuitivos e fluídos, mesmo com as possibilidades relativamente limitadas dos controles.

Basicamente, as habilidades relacionadas à nanosuit e aos recursos furtivos foram colocadas nosbumpers (“L” e “R”), tal e qual Crysis 2, e outros poderes acabaram integrados às suas respectivas funções. Para disparar o pulo surreal garantido pelo traje, por exemplo, basta segurar por mais tempo o botão relativo ao salto normal — sem a necessidade de mudar para um modo especial. Ademais, o acesso geral aos superpoderes foi também consideravelmente facilitado.

Às vezes mais belo... Às vezes nem tanto

Embora o tratamento gráfico dado ao novo/velho Crysis nos consoles tenha extraído alguns visuais de encher os olhos, fato é que não se pode dizer, para todos os casos, que a página da versão original para PC foi definitivamente virada. Bem, pelo menos não a versão melhorada através dos vários mods gráficos lançados ao longo dos anos.

Mas sim, na grande maioria das vezes, o CryEngine 3 faz um excelente trabalho, seja com a iluminação que sutilmente atravessa as árvores ou com as imagens refletidas na água. Ademais, explosões e outros efeitos de luz passaram, obviamente, por novo tratamento. Vale lembrar ainda que o game rodará inteiramente à partir do HD do console, o serve para diminuir o tempo de carregamento e, consequentemente, aumentar os detalhes.



Apesar disso, parece de todo impossível que a releitura para PlayStation 3 e Xbox 360 alcance o nível de detalhamento e a riqueza em texturas da versão para PC. Trata-se, afinal, de uma limitação óbvia de memória RAM.

Enfim, para quem sempre quis encarar Crysis mas preferia comprar um carro do que fazer os upgrades necessários para atingir a configuração exigida, eis uma boa oportunidade. Afinal, esquecendo por um momento questões gráficas e de jogabilidade, o que há é a mesma boa experiência centrada em um amplo mundo aberto de jogo. Não tem como não ser bom.

As versões para PlayStation 3 e Xbox 360 de Crysis devem dar as caras no mês que vem.

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