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Enslaved: Odyssey to the West

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A narrativa é o ponto alto do novo projeto da Ninja Theory

Aqueles com um PlayStation 3 já podem fazer o download da versão demonstrativa de Enslaved: Odyssey to the West, jogo que está sendo desenvolvido pela equipe da Ninja Theory — a mesma responsável por Heavenly Sword, lançado exclusivamente no console da Sony. Para baixar a demonstração é necessária uma conta europeia (a versão americana virá somente no dia 21).


Depois de passar pelos menus — operados por Trip, por meio de gestos —, você é posto de imediato no jogo. Monkey, aprisionado, observa a garota fugir de sua cápsula (imaginamos que este seja o verdadeiro início do game). Pelo que diz a voz eletrônica, através dos alto-falantes, todos os passageiros estão sendo carregados a um novo lugar, isento dos perigos naturais.


Na realidade, os passageiros serão submetidos a um regime cruel, no qual atuarão como escravos. A primeira pista é dada quando você vê a tripulação sendo comandada à distância. A viagem pela aeronave, no entanto, não segue bem e logo as explosões começam a saltar por todos os lados.




Começa a grande jornada


Ao ter sua cápsula explodida, você se vê livre (com Monkey socando a porta para longe), percorrendo um longo corredor que serve como base de aprendizado para o que virá em seguida.


O problema é que já na fase de tutorial os jogadores perceberão o quão simples é o trabalho com plataformas em Enslaved: Monkey só realiza ações contextuais, pulando de um canto para o outro quase que automaticamente, bastando que você segure os direcionais analógicos em alguma direção e pressione o botão de salto — que em outras circunstâncias serve para comandos de esquiva.


Quase não há espaço para falhas ou quedas das plataformas, uma vez que o personagem para de correr quando se aproxima das beiradas e não erra em nenhuma de suas manobras. O que piora ainda mais a porção de plataforma é o indicador de caminhos: cada pedaço do cenário que pode ser utilizado para escaladas brilha de dois em dois segundos, tornando tudo óbvio e até mesmo sem graça.


Golpes para todos os lados


Depois de explorar a mecânica de saltos, finalmente chega a hora de guerrear contra os robôs. Monkey recupera suas luvas (que neutralizam disparos alheios por um tempo limitado) e o bastão — visto no trailer como um canhão para ataques de longa distância. Através da combinação entre esses dois equipamentos, o herói pode realizar algumas piruetas e desferir golpes pesados contra os inimigos, partindo-os em pedaços.


Ainda é possível combinar dois botões para girar o golpe em todos os sentidos ou segurar um dos gatilhos, com o intuito de segurar o escudo por mais tempo e com mais força. A falta de variedade de combos pode ser justificada pelo estágio inicial, uma vez que Monkey se desenvolverá com o passar das fases.


No controle da fera


Algo que nos desagradou foi a constante transição entre câmeras fixas e móveis durante a partida. Em cenas nas quais ninguém o ataca, não há qualquer problema (principalmente por causa da simplicidade de deslocamento, que abordamos acima), mas durante as lutas isso é um enorme problema.


Dizemos isso porque muitas vezes não é possível ver o que está acontecendo com os inimigos — ou, por exemplo, se eles estão preparando um ataque. De tal forma, quando você menos espera, algum robô crava as garras no seu peito.


E já que estamos falando da ação, não podemos deixar de observar que o deslocamento é um tanto duro: viradas bruscas não são permitidas em qualquer situação, o que torna a jogabilidade mais pesada e até um tanto imprecisa.


Visuais carregados


Enslaved utiliza a tecnologia da Unreal Engine para dar vida ao conto. Os efeitos visuais são bonitos, mas não estonteantes, exatamente como o restante dos gráficos, que tem como ponto mais alto o conjunto de texturização e iluminação.


No entanto, serrilhados e algumas superfícies borradas contribuem para a redução da qualidade de imagem, que em alguns momentos fica realmente poluída. As animações estão estranhas durante algumas das passagens de diálogo, isto é, os personagens têm movimentos travados, indo de um estado ao outro sem quadros de transição — mas notem que o problema não é tão frequente.


Ainda durante a demonstração, notamos diversas ocasiões em que houve cortes na tela, ou melhor, o famoso screen tearing, que ocorre quando há uma ligeira queda no desempenho do game, fazendo com que a sincronia entre a taxa de atualização da saída do console e da televisão seja perdida.


Bom ou ruim?


Finalizada a queda da aeronave, deixamos a demonstração tendo reações mistas frente aos diversos elementos que a integram. Ainda não podemos formar opiniões relacionadas ao combate justamente por não termos tido acesso a alguns dos golpes mais avançados. No entanto, já sabemos como é a resposta do personagem aos controles.


Ao menos a narrativa é intrigante desde o primeiro momento e deve capturar a atenção dos jogadores — através da relação de dependência e ódio entre Monkey e Trip. Torcemos para que a versão final (com data de lançamento prevista para o dia 5 de outubro) carregue consigo muitas melhorias e variedade de sobra.

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