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No More Heroes: Heroes' Paradise

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O paraíso dos heróis não é tão inédito assim

Desde que foi lançado em 2008 para Wii, No More Heroes implorava por uma versão para PlayStation 3 e Xbox 360. Com uma temática mais adulta e que destoava completamente da abordagem tomada pela Nintendo até então, o título fez com que muitos proprietários dos demais consoles desejassem empunhar o Wii Remote para encarnar Travis Touchdown em sua jornada pelo título de assassino número 1 de Santa Destroy.


Se naquela época uma adaptação era impossível, a realidade mudou completamente em apenas três anos. O sensor de movimento deixou de ser uma exclusividade da “Big N”, permitindo que a principal produção de Suda-51 finalmente chegasse aos aparelhos da Sony e Microsoft com o subtítulo de Heroes' Paradise. Mas será que a espera valeu a pena? O Baixaki Jogos testou o game e pôde conferir o que há está por vir.





Touchdown em HD


Que No More Heroes: Heroes’ Paradise seria uma versão remasterizada do jogo do Wii, ninguém duvidava – tanto que ele nunca foi prometido como algo além disso. E realmente ele não traz nada inédito para quem já conhece o título, pois se trata da mesma história, nos mesmos cenários e com os mesmos personagens. Então, qual a razão para conferir a saga de Travis novamente?


Como dito anteriormente, a chegada do jogo aos demais consoles era algo há tempos desejado pelos usuários e a adaptação consegue fazer isso do modo mais simples possível: somente melhorando a resolução do game original. É claro que isso pode ser algo desagradável para quem jogou no Wii, mas tem tudo para ser uma ótima pedida para os novatos.





Além disso, o salto gráfico originado pela nova definição fez muito bem a No More Heroes. A combinação de alta definição com seu estilo visual tornam tudo muito bonito, principalmente com os exageros existentes em alguns momentos. Se você é fã de histórias em quadrinhos, o resultado se mostra ainda mais empolgante.


Isso não significa que o fato de ter ser um port do Wii não traga a Heroes’ Paradise alguns problemas como heranças de seu console original. Há vários escorregões, facilmente perceptíveis em vários objetos serrilhados e poligonais. O close na roda da moto de Travis é o maior exemplo disso, pois a aproximação deixa claro que ela está longe de ser redonda.





Sai o Wii Remote, entra o Move


A versão para PlayStation 3 traz um atrativo a mais para No More Heroes: Heroes’ Paradise, principalmente para quem desejava experimentar a edição original no Wii. O uso do Move substitui o sensor da Nintendo com eficiência, mas sem trazer grandes revoluções nos controles. Na prática, trata-se da mesma experiência, embora sem fios.


Os comandos também permanecem os mesmos. O botão Move realiza os ataques com a Beam Katana e o gatilho traseiro faz com que Travis parta para a pancadaria de mãos limpas. A parte divertida é que, graças ao formato peculiar do periférico da Sony, o ato de recarregar sua espada fica ainda mais sugestivo e indecente.


No entanto, isso não isenta o game de repetir os mesmo erros em sua jogabilidade. A repetição vista no game de 2008 continua a mesma, fazendo com que os usuários logo se cansem de executar as mesmas ações em situações que variam muito pouco. Para ter uma ideia, a ação existente durante toda a demonstração varia muito pouco. Tudo se resume em avançar, encontrar alguns capangas, apertar o botão Move algumas vezes para atacar e finalizar com um movimento do controle. E só! Para quem achou o título de Wii cansativo, não espere grandes revoluções.


Tão nerd e pop quanto antes


Isso significa que No More Heroes: Heroes’ Paradise é decepcionante? Um pouco, afinal foram mais de três anos de espera para não existir nenhum conteúdo extra realmente relevante. Até mesmo um pacote com os dois games originais já era o suficiente. Para quem jogou no Wii, é simplesmente impossível não se frustrar com o déjà vu. Uma pena que o “Viewer Mode” não estava disponível na demonstração.


Contudo, se você foi paciente e até então não conferiu o título, certamente irá se empolgar com a saga dos assassinos de Santa Destroy. O show de referências nerds e à cultura pop feito pelo protagonista é hilário e vale a pena conferir. Afinal, em que outro jogo é possível ver, em um só lugar, o clone de John Knoxville e de Silvia Saint citando Star Wars e Rocky Balboa antes de matar alguém?

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